Fugas - restaurantes e bares

  • Nuno Ferreira Santos
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Esta mercearia nasceu por amor a Lisboa… e à Mila

O guarda-sol à porta com as folhas verdes no fundo branco quer fazer sombra à fruta e ao banquinho para sentar quem lá dentro for buscar um café (1€), torrado numa também jovem empresa portuguesa, ou um cappuccino (2,60€) a acompanhar um croissant (1€) ou uma fatia bolo de cenoura sugar free e vegan (2,50€), que é como quem diz, sem açúcares nem ingredientes de origem animal.

Lá dentro, as compras fazem-se com um cesto de vime. Há sardinha em conserva, vinhos de produção biológica, ambos de origem portuguesa. Ou então fruta, como as bananas da Madeira (3,50€/kg) e o abacate (5,50€/Kg) que sobressaem nas velhas caixas de madeira.)

No centro das preocupações destes novos merceeiros está a procura por “produtos e fornecedores que se preocupem em produzir de forma sustentável”. Por isso, acabam por escolher vender produtos biológicos, de pequenos produtores “que se preocupam com o meio ambiente”, diz Tiago.

Apesar de ter muito de português, esta mercearia tem comida do mundo. Como os queijos e enchidos que vêm da Suíça e de Itália: o parmigiano regiano (parmesão), extraído de uma grande bola, que é vendido a 24,50€/kg, ou um pecorino com trufa que custa 49,90€/kg. Ou ainda um prosciutto crudo (enchido) italiano a 28€/kg.

Para almoçar, há saladas e sandes, servidas sobre uma velha mesa de madeira maciça. Para levar para casa há gaspacho no Verão, sopas mais para o tempo frio, molho pesto e húmus, ou então um breakfast pot com granola feita ali mesmo, fruta e iogurte para pegar e andar.

O projecto, que começou a dois, tem hoje mais seis pessoas de avental preto e sorriso no rosto a cumprimentar quem entra e quem passa. “Cometemos muitos erros, tivemos de fazer muitos ajustes. Mas, felizmente, viemos parar a um sítio onde não só os residentes, como as pessoas que passam, se sentem à vontade para dar uma opinião, uma sugestão”, reconhece o merceeiro, que tem recebido turistas, portugueses e estrangeiros a morar em Lisboa, praticamente na mesma proporção.

O futuro passa agora pela produção própria de fruta e vegetais. “Queremos ter a nossa própria quinta, aumentar o número de coisas que somos nós a produzir aqui na loja e reduzir a nossa pegada”, conta.

Tiago despede-se e sai da mercearia para ir fazer uma entrega à casa do fundo da rua. Afinal, já não lhe interessa percorrer o mundo, mas dar novos mundos ao seu bairro.

Mercearia da Mila
Rua Santos-O-Velho 38, 1200-812 Lisboa
Tel.: 215 817 699
www.facebook.com/merceariadamila/
Aberto de segunda a sábado das 9h às 20h. Domingo das 10h às 16h.

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