Fugas - Viagens

Manuel Roberto

Parque Biológico de Gaia - Um pouco de campo para as crianças

Por Andreia Marques Pereira

Há um cantinho em Vila Nova de Gaia que teima em resistir ao cimento da cidade. O Parque Biológico de Gaia preserva animais e plantas, arquitectura e paisagens que fazem dele um refúgio da memória da ruralidade. Quase ao lado da auto-estrada.

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Se Chico Buarque imaginou o rio Amazonas a atravessar Trás-os-Montes, talvez o esforço de imaginação dos lobitos Agrupamento 274 S. Jorge, de Espinho não seja assim tão descabido. Durante uma manhã de sábado de Fevereiro-a-fingir-Primavera, eles recriaram as aventuras do livro "Bia e Fred na Amazónia" (Editorial Presença) e imaginaram a selva amazónica em Vila Nova de Gaia. Mais exactamente num cantinho de Avintes, no Parque Biológico de Gaia, que é o campo onde Gaia vai quando vai ao campo.

Qualquer semelhança entre o Parque Biológico de Gaia e uma selva é pura (e improvável) coincidência. E no fim da caçada, já no Parque das Merendas, explorados de lés-a-lés os quase três quilómetros de percurso do parque, é também irrelevante. Afinal, os lobitos não lamentam não se terem cruzado com onças ou tucanos, antes falam entusiasmados de animais bem mais prosaicos, a que a Margarida, oito anos, deu nome, como o porco (Rechonchudo) ou a cabra bebé (Bali) o peru (Babudo) é (informalmente) eleito o mais impopular, e o Rock and Roll o mais popular (mas que animal era? "Um pato", dizem uns, "um-não-sei-quê holandês", diziam outros).

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