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  • Jardim vertical no centro comercial Dolce Vita Tejo
    Jardim vertical no centro comercial Dolce Vita Tejo Fábio Teixeira
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    Jardim vertical no centro comercial Dolce Vita Tejo Fábio Teixeira
  • Jardim vertical de Blanc em Paris, no Museu Quai Branly
    Jardim vertical de Blanc em Paris, no Museu Quai Branly DR

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Muros vegetais, um mundo de sinfonias verdes


Musée du Quai de Branly, Paris 2005

A fachada totalmente coberta de verde da sede administrativa é o cartão-de-visita e uma das atracções de pleno direito do novo museu de arte primitiva de Paris. São 15 mil plantas de 150 espécies que se conjugam para atapetar uma fachada de 800 m2, que atinge 25 metros de altura. É um dos ícones da "renovação do milénio" na Cidade das Luzes, por isso mesmo acentuada pelo autor: "A grandeza da instalação, a sua localização aos pés do Sena, perto da Torre Eiffel, numa via de grande circulação, tudo isso se conjuga para fazer deste um dos meus trabalhos mais importantes de sempre. Claro que algumas das espécies que empreguei são as mesmas do Pershing Hall, mas a parede do Quai Branly é mais exposta, de modo que houve algumas plantas mais frágeis que tiveram de ficar de fora. Em compensação, no Branly introduzi algumas pequenas coníferas que crescem ao vento sobre as rochas. É a prova de que cada muro tem a sua especificidade e que tudo depende da sua localização."


Rue d"Alsace, Paris 2007

O destaque justifica-se por duas razões pelo menos: "É a maior instalação que alguma vez realizei, ocupando as paredes a todo o comprimento da Rue de Alsace, ruela que liga as gares de Leste e do Norte. É uma ruela de paredes cegas, frente a um conjunto de antigos edifícios ferroviários, recentemente remodelados para apartamentos. Daí a segunda razão do destaque: a cobertura verde dessas paredes surgiu como uma solução para resolver um dilema urbano e acaba por ser bastante impressionante ver uma ruela antiga de Paris assim coberta de plantas."


21st Century Museum, Kanazawa, 2004
National Concert Hall &National Theatre , Taipé, 2007/9
Caixa Fórum, Madrid, 2007

O Museu do Século XXI de Arte Contemporânea de Kanazawa, no Japão, é uma peça de arquitectura excepcional, desenhada por Kazuyo Sejima e Ryue Nishizawa do atelier SANAA (vencedores do Pritzker, no ano passado). Não quer ser apenas um museu, mas também um parque e um espaço de lazer e é neste contexto que se insere a GreenBridge de Patrick Blanc, envolvendo o corredor de vidro que dá entrada no pátio do museu. O autor define-o como "uma espécie de túnel em vidro pelo qual as pessoas circulam com plantas de ambos os lados". "Uma das minhas peças mais artísticas".

Patrick foi também chamado a intervir por duas vezes e em curto espaço de tempo nas duas salas gémeas de Liberty Square, as maiores dedicadas a arte de palco em Taiwan. Primeiro instalou quatro mil plantas de espécies comuns em duas entradas da sala de concertos. Depois foi a vez de uma das portas do Teatro Nacional receber uma cobertura vegetal onde se destacam 230 orquídeas de 25 variedades locais. É um dos projectos preferidos do botânico, segundo as suas próprias palavras, porque "introduzir esse elemento vegetal num edifício chinês completamente fechado, coberto de telha vermelha, é único e bastante inesperado". Os chineses de Taiwan gostaram tanto que passaram a chamar-lhes Sinfonia Verde (National Concert Hall) e Valsa das Orquídeas (National Theater).

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