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Um arco-íris de carnavais brasileiros

É o caso por excelência de Bezerros, cidade do Agreste nas margens da BR 232, a cerca de 100 quilómetros do Recife. Pelo menos desde os inícios do século passado, os homens ganharam o hábito de sair à rua com máscaras de folha de papel de embrulhar carne e roupas andrajosas, de forma a não poderem ser identificados pelas mulheres. Também aproveitavam para invadir em semelhante preparo as casas dos vizinhos e pedir que lhes servissem angu de milho (polenta), daí derivando a designação de Festa dos Papangu. O arraial manteve-se, mas o guarda-roupa alterou-se, primeiro com a introdução de máscaras em papel machê e mais recentemente em gesso, a combinar com caftas, batas longas e estampadas.

Os festejos arrancam dez dias antes do Carnaval, com o Bloco Acorda Bezerros a desfilar em pijama ou babydoll às três da madrugada. Mas o dia mais forte é o Domingo de Entrudo, dia do Concurso dos Papangus, que nas últimas edições tem tido uma média de dois mil inscritos em toda a espécie de categorias (individuais, de grupo, duplas e tradicionais). Bezerros tem menos de 60 mil habitantes, mas recebe nesse dia cerca de 200 mil foliões. Concorrentes, blocos, orquestras e meio mundo converge para a rua principal dessa cidade de província que, obviamente, fica a rebentar pelas costuras.

A Folia do Papangu seria uma espécie de Carnaval de Veneza transposto para um cenário tropical não fosse a alegria transbordante e o desmando caótico das suas legiões de mascarados. É, em qualquer dos casos, o único Carnaval temático do Brasil, o terceiro maior de Pernambuco, o maior do interior do estado e não pára de crescer. Também a crescer está o Entrudo de Nazaré da Mata, a 65 quilómetros do Recife com acesso pela BR-408. Aqui o prato forte é maracatu rural ou de baque solto, que remonta aos inícios do século XIX e terá resultado da fusão de várias manifestações folclóricas locais (bumba-meu-boi, pastoril, cavalo-marinho, caboclinho, folia-de-reis).

As orquestras empregam um arsenal de instrumentos artesanais tais como o gongê, o ganzá, o surdo, o tarol e a zabumba, enquanto os mestres de cerimónias declamam versos improvisados ou loas.  Destaque especial no Carnaval de Nazaré da Mata merece a extensa galeria de personagens da corte, incluindo reis, rainhas, damas da corte, embaixadores, vassalos, porta-estandartes e caboclos de lança, que se juntam para desfilarem na segunda e na terça de Carnaval,  sempre vestidos com fantasias aparatosas e cintilantes. Na edição do ano passado desfilaram 36 nações de maracatus, 22 da própria cidade e as restantes de municípios vizinhos da Zona da Mata. Tão populares são as fantasias dos caboclos de lança com as suas golas bordadas, perucas reluzentes e lanças coloridas, que são também chamados a actuar regularmente nos carnavais de Olinda e do Recife.

 

Programação 2012

A inauguração oficial do Carnaval do Recife será, como de costume, assinalada com um desfile de batuqueiros dirigido por Naná Vasconcelos, na noite de sexta-feira, 17 de Fevereiro. Na manhã seguinte sai o Galo da Madrugada, que desta vez irá homenagear o nascimento de Luís Gonzaga (1912-1989), lendário Rei do Baião. O festival Rec-Beat vai para a 17.ª edição no Cais da Alfândega entre 18 e 22 de Fevereiro, com presenças confirmadas (para já) de Criolo de São Paulo e da cubana Yusa. No palco do Marco Zero passarão artistas mais consagrados como Mayra Andrade, Lenine, Seu Jorge, Beth Carvalho, Elba Ramalho e Alceu Valença. No capítulo das chamadas "prévias carnavalescas", destaque para o Olinda Beer, a 12 de Fevereiro, ou seja, no domingo anterior ao de Carnaval, onde actuam Ivete Sangalo e Chiclete com Banana, entre outros. O famoso bloque Enquanto Isso, Na Sala de Justiça também tem prévia de Carnaval nesse dia, no Centro de Convenções de Olinda, onde a festa será animada pelo cantor Otto. O cartaz completo dos festejos está disponível em www.programaçãocarnavalrecife.com.br

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