24h
Subimos a rua para ir até um espaço que abriu há cerca de um ano, na antiga sede da PSP, o Aqui Base Tango - nome que nasceu por ser esse o código usado pela polícia para se referir ao local. A moradia estava vazia e André e Susana, um casal de arquitectos à procura de um projecto, decidiram que era o espaço certo. Criaram salas diferentes, com uma decoração vintage, recantos mais calmos, outros para dançar ou jogar matraquilhos ou pingue-pongue. Há até uma sala com uma árvore no meio.
Às vezes vêm aqui os antigos polícias, ver como ficou o espaço - e até já apareceu quem quisesse pagar uma multa antiga e insistisse que era ali. Aqui Base Tango seria bom para ficarmos pela madrugada dentro. Mas amanhã temos marcada a visita à Universidade, e, entre uma coisa e outra, vai ser preciso dormir.
2h
Regresso ao hostel Serenata. Há gente espalhada por todo o lado na zona da Sé Velha. Portugueses e estrangeiros bebem copos sentados em tudo o que é degrau disponível. O nosso quarto no Serenata fica no "andar académico" e as paredes são pintadas com as fitas das cores dos diferentes cursos. Quando adormecemos ainda se ouve ao longe o som animado das conversas na rua.
10h
Pequeno-almoço, com pão quente e muitos turistas, no Serenata.
11h
Encontro marcado para a visita guiada à Universidade (siga aqui para a visita)
13h
Almoço no Loggia, o restaurante do recém-renovado Museu Nacional Machado de Castro (projecto do arquitecto Gonçalo Byrne, inaugurou no final de 2012 depois de três anos de obras), explorado pela Quinta das Lágrimas. Servimo-nos no buffet e levamos os tabuleiros para a esplanada exterior, com uma vista fantástica sobre a parte velha de Coimbra e a Universidade que acabámos de visitar.
14h
Ainda há tempo (embora não tanto quanto desejaríamos) para visitarmos o Museu Machado de Castro. Começamos a visita pelo criptopórtico romano, a enorme galeria subterrânea, berço do que foi Coimbra antes de ser Coimbra, a Aeminium dos romanos. Quando voltamos a subir vemos, num ecrã, a reconstituição do antigo fórum romano que existiu precisamente no local onde no início do século XX foi construído o museu.
Percorremos as várias galerias, a enorme colecção de escultura em pedra (incluindo a impressionante Capela do Tesoureiro, trazida para aqui pedra a pedra na década de 60 do século XX, e que, depois de anos no exterior, está agora integrada no interior do museu), a escultura em madeira, em terracota (as enormes figuras de uma Última Ceia feita para o Mosteiro de Santa Cruz), a ourivesaria, a joalharia, os têxteis, o mobiliário. O tempo foi curto, prometemos a nós próprios voltar.
16h
Descemos até à Baixa, tomamos uma água no Café Santa Cruz, antiga igreja ao lado da Igreja de Santa Cruz, onde à noite também se canta o fado, e entramos no mosteiro para, antes de deixarmos Coimbra, visitarmos os túmulos dos dois primeiros reis de Portugal: os restos mortais de D. Afonso Henriques e de D. Sancho I foram trasladados dos seus túmulos primitivos para aqui por ordem de D. Manuel I, no início do século XVI.