Fugas - Viagens

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Turistas precipitam-se para Cuba para experimentar a realidade antes do fim do embargo

Um outro artigo do jornal USA Today, o diário de maior circulação nos Estados Unidos, lista entre as razões para viajar em breve para Cuba o património histórico e as “jóias arquitectónicas”; as paisagens naturais, “intocadas pelas infra-estruturas turísticas” e, principalmente, a cultura cubana — a música, a arte, a gastronomia. É por isso, diz Joe Diaz, fundador da AFAR Media, que publica revistas de viagem, que “é importante ir agora”. As medidas anunciadas simultaneamente por Obama e Castro são positivas e “um passo na direcção certa”, sobretudo para o sector do turismo, considera Diaz, mas “à medida que Cuba se for abrindo e o investimento começar a entrar, o tecido social do país vai alterar-se”.

“Cuba permanece como um lugar único no mundo, que sem dúvida mudará com a entrada de americanos. O meu conselho é ir já, porque não se pode garantir que a cultura e o património se mantenham”, concorda o analista Bob Atkinson, do portal britânico TravelSupermarket. Muitos outros promotores e operadores batem na mesma tecla: “Quem quiser conhecer a Cuba de Castro tem de se apressar”, repete Ashley Toft, que dirige a companhia Explorer e acredita que, com a abertura comercial dos EUA, o país mudará rapidamente.

A experiência que os agentes turísticos dizem não poder garantir aos turistas da ilha depois da retoma dos canais diplomáticos e comerciais com os Estados Unidos é a de estar num país onde não existem restaurantes de fast-food, nem centros comerciais com as mesmas lojas de marcas internacionais, nem cadeias de hotéis norte-americanos com acesso ilimitado a redes de wi-fi para pesquisar na Internet.

A estimativa é que a facilitação de viagens dos EUA para Cuba leve a um aumento significativo do número de visitantes e com eles da “influência” da cultura norte-americana — um fenómeno que até agora não se verificou, apesar do progressivo aumento de cidadãos que viajaram de um país para o outro: de 245 mil em 2007 para quase 600 mil em 2013, segundo os números coligidos pelo Havana Consulting Group, baseado nos EUA.

Vários analistas políticos têm refreado esse discurso sobre o fim da “autenticidade” do país, introduzindo várias notas de cautela relativamente aos supostos efeitos “nefastos” da abertura sobre os costumes e a cultura da população cubana, que passará, por exemplo, a poder receber medicamentos ou equipamentos médicos produzidos nos Estados Unidos, ou sementes ou bens alimentares que hoje não passam a fronteira.

Quanto às projecções de uma massificação turística com sabor norte-americano, uma das principais especialistas em Cuba, a directora do centro de estudos Latino-americanos do Council on Foreign Relations, Julia Sweig, lembra que uma parte substancial do programa de sanções se mantém em vigor — os restaurantes McDonald’s e os hotéis Hilton continuam sem poder instalar-se na ilha. E, acrescenta Sweig, ainda que as sanções viessem a ser levantadas do dia para a noite, esse não seria o prazo correspondente para a instalação de empresas estrangeiras no país, que continuam a ter de obedecer à legislação nacional e a lidar com a burocracia local, que obriga, por exemplo, à participação maioritária do Estado cubano ou à contratação de funcionários em agências estatais.

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