Fugas - Viagens

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Turistas precipitam-se para Cuba para experimentar a realidade antes do fim do embargo

Por Rita Siza

A procura quadruplicou depois do anúncio da normalização do relacionamento entre os Estados Unidos e Cuba. Operadores recomendam norte-americanos a viajar já para ainda conhecer o quotidiano debaixo do regime castrista.

Os pacotes turísticos que prometem viagens inesquecíveis pela “Cuba autêntica” estão a esgotar rapidamente, com muitos visitantes da América do Norte a precipitarem-se para visitar a ilha do Caribe antes de se começarem a sentir os efeitos da normalização das relações diplomáticas entre Havana e Washington, anunciada poucos dias antes do Natal pelos presidentes dos dois países.

A abertura manifestada pelo líder norte-americano, Barack Obama, ao restabelecimento das ligações empresariais e dos canais comerciais com Havana, e as iniciativas já encetadas pelo Governo de Raúl Castro no sentido da “liberalização” da sua economia, fazem antecipar uma mudança histórica: o fim do embargo dos Estados Unidos, em vigor desde 1962, e a mudança de regime em Cuba, não podem estar muito longe, especulam os analistas e observadores.

Enquanto isso, bastou a promessa de um novo capítulo no relacionamento dos dois inimigos da Guerra Fria para se criar uma oportunidade de negócio imediata, com os poucos promotores turísticos autorizados a transportar cidadãos norte-americanos para Cuba a serem inundados de solicitações: aparentemente, para muitos turistas, a verdadeira experiência cubana envolve o convívio com as “excentricidades” do regime castrista — dos calhambeques dos anos 1950 que ainda circulam pelas ruas de Havana ao racionamento alimentar (e as filas para comprar mantimentos); do comércio regulado aos subterfúgios da economia paralela.

No dia em que Barack Obama anunciou o relaxamento das restrições para a autorização de viagens para Cuba, os cliques na página da InsightCuba, uma companhia sedeada em New Rochelle que organiza visitas legais de americanos à ilha, quadruplicaram face à média diária de visitas do mês de Dezembro, disse o presidente da empresa, Tom Popper, à revista The New Yorker. As reservas aumentaram seis vezes.

A empresa de voos charter Marazul, que organiza transportes a partir de Miami para Cuba, já tem uma lista de espera de um ano. “Fomos inundados de telefonemas, emails e pedidos de reservas. As pessoas estão super-optimistas e super-excitadas”, contou a The Washington Post o vice-presidente da companhia, Bob Guild.

O turismo (individual) para Cuba ainda é uma actividade proibida no âmbito do embargo — essa interdição mantém-se em vigor até a legislação ser revista ou revogada pelo Congresso. Mas o alargamento das categorias para a emissão de licenças de viagem pelo Departamento do Tesouro permite, em teoria, que a InsightCuba e outras empresas que planeiam visitas de intercâmbio pessoal, educativo e cultural (cujo itinerário é negociado e aprovado pelos governos dos dois países) possam aumentar a sua oferta para Cuba.

A “verdadeira Cuba”
De acordo com a eTurboNews, uma espécie de agência noticiosa da indústria turística global, as buscas online por programas de viagem para Cuba aumentaram 95% depois do discurso de Obama. Num artigo intitulado “Reserve já a sua viagem se quer conhecer a verdadeira Cuba”, os agentes são aconselhados a promover o destino antes que a ilha do Caribe se torne demasiado “americanizada”. Segundo argumenta o texto, para ainda entrar na “cápsula do tempo” que é a ilha comunista, há que antecipar a viagem, porque os efeitos da abertura trarão “mudanças irreversíveis”.

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