Fugas - Viagens

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    Portas do Sol João Silva
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Basílica dos Mártires
    Basílica dos Mártires João Silva
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Jardim Botânico Tropical
    Jardim Botânico Tropical Rita Baleia
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    Palácio da Independência João Silva
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    Aqueduto Águas LIvres Renato Cruz Santos
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Largo de São Carlos
    Largo de São Carlos João Silva
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Hotel Avenida Palace
    Hotel Avenida Palace João Silva
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Palacete Chafariz d’El Rei
    Palacete Chafariz d’El Rei João Silva
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Café Nicola
    Café Nicola João Silva
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Restaurante Galeto
    Restaurante Galeto João Silva
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Centro Comercial Apolo 70
    Centro Comercial Apolo 70 João Silva
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Biblioteca Nacional
    Biblioteca Nacional João Silva
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Hotel Myriad
    Hotel Myriad Nuno Ferreira Santos
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Hotel Myriad
    Hotel Myriad Nuno Ferreira Santos
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Fundação Champalimaud
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Fundação Champalimaud
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Fundação Champalimaud
    Fundação Champalimaud Nuno Ferreira Santos
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Fundação Champalimaud
    Fundação Champalimaud Nuno Ferreira Santos

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Lisboa em 48 horas atravessando os séculos

Café Nicola

Regresso à Baixa (sim, andamos um pouco às voltas, mas, já o dissemos, este é mais um passeio pelo tempo do que pelo espaço) para almoçar no Café Nicola. É pena que a sala Art Déco na parte de baixo do café só abra para jantares com fado em algumas noites, mas fiquemos pelo salão principal deste que foi um dos grandes cafés literários da cidade nos finais do século XVIII quando pertencia a um italiano, Nicola Breteiro, e era frequentado pelo poeta Manuel Maria Barbosa du Bocage.

Mas se viemos até aqui já depois de entrados no século XX é porque o Nicola original encerrou e só reabriu em 1929 pela mão de Joaquim Fonseca Albuquerque e com uma nova fachada desenhada por Norte Júnior. E em 1935 o arquitecto Raul Tojal modificou o interior, dando-lhe o estilo Déco que tem hoje, e que nos convida a viajar até aos anos da II Guerra Mundial, quando os judeus fugidos dos nazis esperavam impacientes nos cafés da Baixa de Lisboa um lugar num dos navios que partisse para os Estados Unidos.

Biblioteca Nacional

E dos anos 1940 para os anos 60. A guerra passou, Lisboa modernizou-se, uma nova arquitectura começou a surgir em vários pontos da cidade, e Porfírio Pardal Monteiro é o arquitecto destes novos tempos. A Biblioteca Nacional (fundada originalmente em 1796 com o nome de Real Biblioteca Pública da Corte e inaugurada no Campo Pequeno em 1969) é um bom local para conhecer o seu trabalho. Podemos sempre requisitar um livro (já agora sobre Lisboa) e ficar a ler na magnífica sala de leitura.

Restaurante Galeto

Para lancharmos ainda nos anos 1960, passagem obrigatória pelo Galeto. Sentamo-nos no longo e labiríntico balcão de madeira deste café-restaurante inaugurado em 1966, e que mantém intacto o espírito da época, e podemos pedir um desses gelados que já não se pedem, um escandaloso Banana Split.

Centro Comercial Apolo 70

Estávamos nos anos 1970 e os portugueses ainda não conheciam os centros comerciais. A abertura do Apolo 70, com cinema, lojas e restaurantes, foi um acontecimento. Curiosamente, muitas décadas — e sobretudo muitos centros comerciais depois — o velhinho Apolo ainda existe, e mantém até algumas das suas lojas mais antigas. É um regresso ao passado, sobretudo para os nostálgicos que ainda se lembram de quando Apolo 70 significava futuro. E, sobretudo, é imprescindível descer à cave para uma visita ao original Museu do Barbeiro.

Fundação Champalimaud

É o símbolo da cidade moderna. O centro onde se faz investigação nas áreas das neurociências e do cancro, ao mesmo tempo que se prestam serviços clínicos. Mas o espaço — o projecto de arquitectura é do arquitecto Charles Correa — pode também ser usado para lazer, seja no jardim ou no Darwin’s Café, onde podemos aproveitar para jantar.

Hotel Myriad

Depois de dois dias (e vários séculos), e de uma primeira noite passada no século XIX, o melhor será terminar esta corrida no tempo no século XXI e na zona mais recente de Lisboa, que nasceu com a Expo 98 e manteve o nome desta exposição mundial. E num dos seus hotéis mais emblemáticos: o Myriad. Aí, num edifício que parece um navio, podemos (finalmente) esticar as pernas e beber um copo de vinho olhando o Tejo — o rio que, melhor do que ninguém, conhece a história desta cidade.

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