Fugas - Viagens

  • A partida do
comboio foi
assinalada
com pompa e
circunstância,
com direito
a coro de
música
clássica. Miguel Pires
    A partida do comboio foi assinalada com pompa e circunstância, com direito a coro de música clássica. Miguel Pires
  • Chiavenna,
uma cidade
ideal “para
um fim-desemana
curto ou
prolongado,
quer se goste
de desporto,
natureza ou
história”
    Chiavenna, uma cidade ideal “para um fim-desemana curto ou prolongado, quer se goste de desporto, natureza ou história” DR
  • Valtellina,
um dos
quatro vales
que fazem
de cortina
para o centro
da Europa
— o nosso
percurso vai
atravessando
aldeias e
vilas antigas
rodeadas
de prados e
vinhas.
    Valtellina, um dos quatro vales que fazem de cortina para o centro da Europa — o nosso percurso vai atravessando aldeias e vilas antigas rodeadas de prados e vinhas. DR
  • Forme Bitto nella casera
    Forme Bitto nella casera DR
  • O Berlina
Express
pode não
ter o mesmo
charme do
slow train que
nos trouxe
de Milão
mas permite
apreciar
melhor a
paisagem.
    O Berlina Express pode não ter o mesmo charme do slow train que nos trouxe de Milão mas permite apreciar melhor a paisagem. DR
  • Triacca-La
Gatta, no sopé
da montanha,
às portas
de Tirano
    Triacca-La Gatta, no sopé da montanha, às portas de Tirano DR

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No comboio ascendente entre Valtellina e Valposchiavo

Pausa em Poschiavo. Primeiro para um aperitivo na Casa Tomé, um impressionante símbolo da cultura camponesa dos Alpes, datado de 1352. Os seus dois últimos habitantes, (duas irmãs) que ali moraram até aos anos de 1990, viviam praticamente isolados e indiferentes ao que se passava em volta e aos confortos da vida moderna. A casa, um  monólito no meio de uma vila que se transformou bastante desde o século XIX, faz hoje parte do pólo museológico da região e a visita não só é interessante pela peculiaridade descrita, mas igualmente como mostra de actividades “do campo à mesa”, como o processo de transformação do trigo sarraceno em alimento, por exemplo. Poschiavo é uma localidade onde vale a pena ficar algum tempo para passear entre ruelas sempre muito limpas e apreciar o edificado neoclássico e os monumentos medievais. Quando a fome aperta, tal como na parte italiana, o sarraceno e o pizzocheri são ingrediente e produto dominantes da gastronomia local. Mas não são os únicos, claro: há que provar o capunet (folhas de espinafres enroladas), risotto de luganighetta (salsicha), truta, presunto de gamo, a brasciadela (bagel de centeio com sementes de aneto) ou a pastelaria à base de maçã, pêra e frutos secos.

 

Chiavenna no regresso

De novo a caminho, as obras na linha férrea perto de St. Moritz fazem com que tenhamos de trocar o comboio pelo autocarro. A paisagem continua a ser incrível ou não fosse esta uma das estâncias de férias (de neve, mas não só) mais famosas do mundo. Circundamos o local sem parar e, embora seja possível fazer o regresso a Milão de comboio, o percurso será feito sobre rodas para possibilitar a paragem em Chiavenna, já de novo em Itália. Uma brochura da edilidade local refere que a pequena cidade “é um local ideal para um fim de semana curto ou prolongado, quer se goste de desporto, natureza ou história”. Assim o fazemos nas horas seguintes, continuando entre a natureza e um dos vários monumentos locais (o Palácio Vertemate) de uma região em tempos abastada, pois por ali passava muito do comércio com a Europa Central. Já quanto ao desporto, a actividade principal continua a ser a elevação do copo e do garfo da mesa até à boca. Afinal, estamos em Itália e esta é uma viagem gastronómica. 

A Fugas viajou a convite do Progetto Valtellina Valposchiavo Expo e com o apoio da TAP

 

 

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