Fugas - Viagens

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Disneyland: Elsa, Anna e Olaf desafiam-nos para um Verão gelado

O mesmo já não posso atestar sobre a montanha-russa dedicada a Indiana Jones, na Adventureland, decorada com achados arqueológicos. Aqui, deixei-me ficar em terra para tirar a fotografia da minha filha — felizmente, não saiu à mãe — e amigos a divertirem-se em descidas vertiginosas e loopings de arrepiar.

 

Doces ou sustos?

De divertimento em divertimento, chega por fim a nossa hora de ir conhecer a Casa Fantasma (Phantom Manor). Por aqui é estritamente proibido fechar os olhos. Cada detalhe vale a pena ser apreciado, com a mansão a encerrar um conjunto de efeitos cénicos e especiais muito bem conseguidos. Mais que assolados pelo medo, é-se pelo espanto — e o difícil é apanhar todos os pormenores desta casa. E desta história. Claro que ninguém escapa a um susto ou outro. E, sem querer desvendar muito, é caso para dizer: cuidado com a caveira.

Do lado oposto do parque aguarda-nos outro tipo de tentação: a doçura de alguns divertimentos que nunca expiram a validade. É a terra dos contos de fadas e podemos começar logo por um bem emblemático, com uma visita ao castelo da Bela Adormecida, onde se percorre uma das histórias clássicas, com direito até a ouvir o ressonar dos guardas. Sob o castelo, esconde-se Malévola, transformada num horrível dragão, cujos sons e fumo são suficientes para assustar os mais pequenitos. Outros sustos aguardam-nos junto da Branca de Neve. Já na viagem de Peter Pan à Terra do Nunca, num delicioso voo nocturno, deixamos quaisquer receios à porta. A atracção, que continua a somar visitantes ansiosos por avistar as luzes de Londres em ponto pequenino e que ao longo dos anos foi sendo renovada e adaptada, é uma das poucas que inaugurou em 1955, por altura da abertura do primeiro parque Disney, em Los Angeles, que se mantém em funções nos dias de hoje.

Prosseguimos estas descobertas cheias de ternura e damos por nós no pequeno cruzeiro It’s a Small World, em que centenas de bonecos estilizados representam nacionalidades dos quatro cantos do mundo (é escusado procurar por Portugal). Apesar da falha, é absolutamente imperdível e a música (assim como a mensagem) promete ficar no ouvido.

Pela Fantasyland, há ainda lugar para nos perdermos pelo labirinto do País das Maravilhas, para apanharmos as mentiras de Pinóquio ou para sairmos a rodopiar das chávenas do Chapeleiro Louco.

É quase aos trambolhões que conseguimos chegar a tempo de assistir a um dos momentos mais mágicos do parque: o Desfile Disney, que parece fazer com que o tempo congele. Personagem a personagem, cena a cena, carro alegórico a carro alegórico, todo o universo de Walt Disney passa por nós, interagindo com quem se encosta às cordas que marcam a fronteira entre nós e o sonho para arrancar um beijinho a uma princesa ou uma gargalhada desdentada a um pirata. Não esquecer de pedir um desejo à passagem das fadas madrinhas que abrem caminho à carruagem que traz a bela princesa Aurora já desperta com o beijo do verdadeiro amor. Seguem-se a Branca de Neve e, para gáudio de todos, um deslumbrante carro alegórico a representar uma montanha gelada com as manas-sensação Elsa e Anna. Rei Leão, Pinóquio, Alice no País das Maravilhas — cuidado que a Rainha de Copas vem mal-humorada —, Livro da Selva, Toy Story, Peter Pan. Para o fim fica guardada a trupe de personagens sem as quais a Disney não seria a mesma: Mickey, Minnie, Donald, Tico e Teco.

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