Fugas - Viagens

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Macau, uma dança perpétua de contrastes

Por Mara Gonçalves

Uma cidade a duas velocidades: um passado de comunhão entre Oriente e Ocidente, um futuro de hotéis de luxo onde a palavra de ordem é reinventar e diversificar.

Contrastes. De um lado as luzes ofuscantes dos hotéis-casinos-centros-comerciais-de-luxo, do outro as igrejas ocidentais e os templos orientais, entre eles os prédios a cair de cinzento, de varandas gradeadas e chapas de zinco. Por um lado, o português de herança histórica e língua oficial que ninguém fala, por outro a cultura chinesa a cada instante, o inglês mínimo para turista. Aqui a tranquilidade das vielas desertas e do tai-chi nos jardins, ali o ritmo alucinante de uma economia que conquista casinos ao rio.

O destino de Macau ainda se joga quase exclusivamente nas salas de sorte e azar, no acumular de impostos em fichas de jogo, e nem a retracção dos ganhos no último ano parece diminuir (para já) o ímpeto da germinação. As últimas contas apontavam para 35 casinos, no final do ano existirá mais uma mão cheia, acoplados a novos hotéis de luxo e uma aposta reforçada no entretenimento, com grandes espectáculos, pequenos shows mecanizados e áreas de diversão temática.

Macau é a Las Vegas do Oriente, dizem. Macau é até sete Las Vegas (quatro se contabilizarmos as receitas de todo o Estado norte-americano do Nevada). Mas é também um centro histórico classificado como Património Mundial pela UNESCO, é calçada portuguesa e dezenas de lojas chinesas, é uma mescla vincada de culturas e realidades que se aprofunda ao brilhar de néons e fichas de jogo. O encanto, dizíamos, está nos contrastes desta dança perpétua. Um copo lotado de dados, todos diferentes. Agita e volta a lançar.

Entre flores e peixe vivo

Pouco passa das 7h e em menos de quinze minutos tudo terá terminado, o minúsculo Cais de Sampanas Sul de volta ao silêncio. Apenas por um momento. Em breve chegarão embarcações com hortaliças e frutas, dezenas de pequenos barcos-táxi trazendo chineses da China à China de Macau. Por agora a azáfama de rostos concentrados negoceia milhares de flores, cada espécie com os caules apertados em tronco, os botões envoltos em folhas de papel ou de plástico, cada encomenda enrolada em papelão e fita cola, os molhos verdes presos sem cuidado especial.

Na plataforma, são as mulheres que se apinham a fazer o negócio. “São comerciantes por conta própria. Têm as famílias no outro lado do rio [já mainland China, como dizem para distinguir das duas regiões administrativas especiais, Macau e Hong Kong] que cultivam as flores e elas vêm aqui vender”, explicar-nos-à pouco depois um dos polícias que controla o cais. Agora não podemos atrapalhar o frenesim de gente que entra e sai de carga ao ombro ou equilibrada em carros de mão. Num ápice tudo fica empoleirado em carrinhas de caixa aberta. “Têm de ser rápidos para distribuí-las a tempo nos mercados.”

Por dia, entram em Macau “cerca de 500 pessoas a partir deste cais”, diz-nos ainda. “Têm de ter uma licença especial e só podem ficar até às 20h.” Nas Portas do Cerco, fronteira terrestre, há 60 mil pessoas em trânsito todos os dias. [No lado de lá, fica a cidade de Zhuhai, um gigante centro comercial de contrafacção, malas e relógios de marca, roupa, bugigangas e produtos electrónicos. É preciso ter visto para cruzar a fronteira]. No final de 2013, a Direcção dos Serviços de Estatística e Censos de Macau contabilizava mais de 137 mil trabalhadores não residentes no território, 63% vindos da China Continental, a maioria empregada em hotéis, restaurantes, construção e comércio.

Entretanto, dos braçados de flores já só restam umas folhas pisadas aqui e ali no passeio de cimento. Mas voltaremos a vê-las arrumadas em bancas pelas ruas da cidade, principalmente ao largo do Mercado Vermelho, um edifício típico dos anos 1930 onde se vende sobretudo carne e peixe e à volta do qual gravita um bairro de bancas de fruta, legumes, flores e comida de rua, pequenas lojas de pivetas (incensos), bolachas, alfaiatarias e quase tudo quanto se possa imaginar. “Aqui as pessoas vão ao mercado duas vezes por dia”, conta Alorino Noruega, responsável pelas relações públicas do Turismo de Macau. Uma obsessão pela frescura dos produtos que prende rãs vivas em redes sobre as bancadas, peixes que ainda respiram com as entranhas de fora, outros chapinham em dez centímetros de água. “Eles matam o peixe com uma paulada na cabeça. Pode impressionar”, tinha-nos avisado à entrada.

Ruas portuguesas, sangue chinês

Nas ruínas de São Paulo, hordas de turistas acotovelam-se para tirar a melhor fotografia da fachada da antiga Igreja de Madre de Deus. Vendem-se selfie sticks de cabo colorido em forma de bonecos infantis em todas as lojas e há sempre alguém de braço esticado a ensaiar a melhor pose nas escadarias que desembocam lá em cima, na intrincada fachada de janelas e portas abertas ao vazio. Faz dez anos que o centro histórico de Macau foi classificado como Património Mundial da Humanidade pela UNESCO e as ruínas do Colégio de São Paulo — a primeira universidade de modelo ocidental erguida no Extremo Oriente, destruída num incêndio em 1835 — são atracção nevrálgica, o monumento das prateleiras de recordações. [Outro rei do souvenir, de não menor propósito simbólico, centra um galo de Barcelos entre um cravo de Abril e lanternas de papel chinesas.]

À direita, os vestígios de outras alas da escola construída pelos jesuítas no século XVII conduzem-nos até à Fortaleza do Monte, edificada na mesma altura. A estrutura, que até ao século XIX foi a residência oficial do governador, é desde 1998 o Museu de Macau, inaugurado por António Guterres um ano antes da transferência de soberania da região para a alçada da China. No interior, uma interessante síntese daquilo que a própria classificação da UNESCO pretende atestar em edificado: a herança de um encontro harmonioso entre o Oriente e o Ocidente numa influência mútua de culturas, tradições e estéticas ao longo de mais de 450 anos.

Lado a lado, a frontaria solitária da antiga igreja e o pequeno Templo de Na Tcha são símbolo máximo dessa convivência. Umas ruas acima, a Igreja de Santo António, a Casa Garden (hoje gabinete da Fundação Oriente), o histórico cemitério protestante e o Jardim de Camões, onde encontramos muitos idosos a praticar tai-chi ou a jogar cartas de dominó chinês. “Há muita sombra, por isso preferem vir para aqui e não gastar electricidade em casa”, conta Alorino Noruega.

A temperatura sempre quente e a humidade elevada obrigam a que os ares-condicionados sejam parte integrante de qualquer fachada. Por entre as vielas das zonas residenciais mais antigas, o som dos aparelhos e a água que lhes cai em pingo a bater nas características varandas em gaiola de ferro e chapa de zinco chegam a ser a única e bucólica banda sonora. [A superstição diz que as grades servem para prender os espíritos bons dentro de casa. A teoria mais pragmática assume-as como quase uma divisão extra, numa região onde a falta de habitação, e consequente preço elevado, é um dos principais problemas. Um apartamento no prédio mais degradado dificilmente custará menos de 650€ por mês.]

Descemos em direcção ao antigo edifício do Leal Senado, onde funcionava a “câmara municipal” durante a administração portuguesa. Cada travessa faz-se anunciar em azulejo azul e branco, em cima o nome chinês, em baixo o português, muitas vezes sem correspondência directa. Pequenas lojas vão-se sucedendo umas às outras, os placards coloridos de letras chinesas vendem bolachas e doces de amêndoa e sementes de sésamo, tiras de carne de porco seca e adocicada, animais marinhos desidratados. Ali reconhecemos bifanas e pastéis de nata (o creme bem menos doce e ligeiramente mais gelatinoso, provaremos mais tarde). Alguns letreiros incluem a tradução em português: aqui há “sopa de fitas” (noodles), ali “quinquilharia”, um “dentista” e “artigos eléctricos”, um “louceiro” acolá e muitas, muitas “ourivesarias” (além da venda de exuberantes jóias, têm outras veladas funções associadas ao mercado do jogo: loja de penhores e lavagem de dinheiro, substituindo o valor ganho por objectos de luxo mais fáceis de passar na fronteira).

Ao chegar ao Largo do Senado, pisamos as primeiras ruas a serem calcetadas em Macau, um mar branco de ondas azuis, criado no início dos anos 1990. “Os trabalhos começaram durante o Verão e vinham muitos chineses debruçar-se sobre os tapumes. Nunca tinham visto portugueses em tronco nu”, conta Alorino.

Dos casinos aos espectáculos

Enquanto atravessamos uma das pontes que liga a Península de Macau à Taipa, é preciso alguma dose de imaginação para acreditarmos que há meros 25 anos aquela parede de prédios não existia. “As ilhas da Taipa e Coloane eram vilas piscatórias. Nos anos 1980 só existiam três edifícios de referência: a Universidade de Macau [transferida no ano passado para 5km2 de terreno vedado em solo chinês, do outro lado do rio], um templo e um hotel pré-fabricado”, refere o responsável do turismo.

Hoje o horizonte esconde-se atrás de biombos de habitação, as águas que ladeavam o istmo de Cotai — separando Taipa e Coloane, outrora zona de cultivo de ostras — foram enterradas numa sucessão de hotéis-casino. Em 1981, a superfície total de Macau era de 15,5km2; em 2013 era o dobro. Para onde quer que olhemos, há edifícios a rasgar os céus de ostentação e luxo. Ali as paredes douradas do complexo hoteleiro do grupo Galaxy, deste lado o Venitian com as suas réplicas de casas e canais de Veneza, do outro os três hotéis da City of Dreams, os da Sands Cotai Central. Mais à frente, dois em construção, com abertura prevista para este ano e que prometem não ficar atrás: o Studio City — já se vislumbra o colossal oito na fachada onde será instalada uma roda gigante, “a maior da Ásia, com 130 metros de altura” — e o Parisien, que à semelhança do irmão de Las Vegas terá uma réplica da Torre Eiffel. A zona de aterro do Cotai faz os neóns kitsch dos hotéis na península parecerem brincadeiras de criança.

“Querem concentrar o mercado do jogo no Cotai e manter aqui o centro histórico e administrativo, preservar os monumentos e altura dos edifícios”, diz Tracy Tam, do departamento de marketing do Hotel Sofitel Macau at Ponte 16. A península, sobrelotada, não tem espaço para os novos empreendimentos hoteleiros que, além dos inevitáveis casinos e centros comerciais acoplados, expandem-se a salas de espectáculos, de cinema, espaços de diversão temáticos e multimédia e áreas desportivas. “O actual governo está a tentar diversificar a oferta, para não ser só casinos”, acrescenta Tracy. A resposta tem sido uma aposta reforçada no entretenimento.

No sector do jogo, a roda da fortuna abranda a cada mês. 2014 foi o primeiro ano a terminar em saldo negativo em relação ao ano anterior: menos 2,6% de receitas face a 2013, ficando-se, ainda assim, em cerca de 352 milhões de patacas (39,9 milhões de euros). No final de Junho deste ano, a variação homóloga era de menos 37% de receita bruta acumulada. O abrandamento da economia chinesa e o combate à corrupção encetado pelas autoridades de Pequim — uma das medidas foi a diminuição do número de vistos concedidos e do tempo permitido de estadia da população chinesa em Macau, o principal mercado do sector do jogo (em 2013 representavam 63% do total de visitantes no território) — explicam grande parte do fenómeno. A proibição de fumo nos casinos não virá ajudar — para já existem zonas limitadas onde é permitido, nomeadamente nas salas VIP onde se concentram os grandes apostadores, mas está em aprovação uma “tolerância zero”.

A primeira vez em Macau não nos dá margem de comparação, mas a verdade é que nunca veremos uma sala vazia, nem mesmo de manhã cedo, quando trocamos dinheiro no casino do hotel. É um 24-7 de asiáticos vestidos com a roupa do dia-a-dia, aglomerados em redor de mesas de jogo e slot machines (pela cidade há ainda os Mocha Club, apenas com slots e jogos electrónicos).

Ainda há silêncio em Coloane

Kai Kai (ou será Xin Xin?) olha para nós do lado de lá do vidro, deitado de barriga para cima como numa confortável poltrona, um enorme molho de ramos de eucalipto no colo. O almoço está servido e, a avaliar pelo sôfrego mastigar, a fome aperta. No outro lado, Xin Xin (ou será Kai Kai?) é mais exigente, empoleirada num tronco, o braço esticado à árvore vizinha. O casal bonacheirão é dupla única do Pavilhão do Panda Gigante de Macau, integrado no Parque de Seac Pai Van, em Coloane.

A ilha mais a sul da região administrativa é considerada o “pulmão verde” de Macau, grande parte do terreno (ainda) ocupado por área florestal. É onde ficam as praias, os parques de lazer (o Parque de Seac Pai Van tem outros animais pelo jardim, um Museu Natural e Agrário e parque infantil), de merendas e de campismo, zonas para prática de desportos aquáticos, vários percursos pedestres assinalados e um campo de golfe.

Na pequena vila de Coloane, a tranquilidade mede-se no Largo Eduardo Marques. À hora do almoço, na sombra dos modestos restaurantes que ocupam os dois lados da praceta, cada banco de jardim está ocupado por alguém a fazer a sesta. Nem o gato de rua escapa, espreguiçado no canteiro. Em frente, todos os olhares se focam na colorida Igreja de São Francisco Xavier: as paredes amarelo-ovo de todo o conjunto pintam-se de rebordos brancos, portadas azuis, corações à janela em sequência de vermelho-verde-amarelo. Lá dentro, novo festival de cores, divindades católicas e chinesas lado a lado.

O pequeno areal de Cheoc Van e a comprida e negra Praia de Hac Sa estão praticamente vazios, um grupo de crianças ali, algumas famílias aqui. Quiosques de chapa vendem carnes grelhadas, sumos e artigos de praia, o som dos geradores é quase o único que se ouve. Pouco depois, a estrada do alto de Coloane leva-nos a novo e imaculado silêncio, feito de pedra e madeira ricamente trabalhada, de dragões talhados e desenhos de ouro, vermelho e azul. O Templo de Ma-Cho, construído em 2004, é um gigante entre o cume verde da ilha, tão grande quanto despido de vida, talvez mais impressionante por isso mesmo. Segundo Alorino, faltam terminar as obras do restaurante e dos quartos que receberão os peregrinos. Fiquemos então com este silêncio por mais um momento.

Ao mesmo tempo que as receitas dos casinos retraem, abranda o fulgor construtivo dos hotéis, à medida que vão sendo inaugurados aqueles que ainda estavam em construção. A ponte que prometia fazer a ligação entre Macau, Hong Kong e China Continental já não deverá ficar pronta em 2016 e a construção do metro de superfície está atrasada por problemas com o empreiteiro. Lançamos perguntas sobre o futuro de Macau além 2049, quando termina o prazo de 50 anos do acordo bilateral de transferência de soberania. Mas numa região que se transforma ao piscar de neóns, a incerteza está ao virar da esquina. “Não sei como isto vai estar daqui a cinco anos sequer. Espero que melhor”, diz Tracy, pouco convicta. “Algo muda todos os dias.”

Guia prático

Como ir

A melhor forma de chegar a Macau a partir de Portugal é aterrar em Hong Kong — a maioria das ligações aéreas terá apenas uma escala — e aí apanhar o ferry que liga as duas regiões administrativas especiais da China. A viagem dura cerca de uma hora e os preços de ida ou volta, em classe económica, rondam os 20 euros, sendo ligeiramente mais caro aos fins-de-semana e feriados, assim como nos trajectos noturnos.

Quando ir

Novembro é o mês ideal, dizem-nos: as temperaturas e a humidade são razoáveis, o céu está menos nublado, a época de tufões já passou (de Junho a Setembro) e é por esta altura que decorre o principal evento da cidade, o Grande Prémio de Macau (este ano entre 19 e 22 de Novembro). No entanto, basta ter em conta que o Outono será, então, a melhor altura, enquanto no Inverno fará um pouco mais de frio e a partir da Primavera a humidade começará a aumentar (embora seja sempre elevada, com médias a rondar os 80%) até se transformar num clima quente, húmido e chuvoso no Verão.

Onde comer

Para provar a gastronomia tipicamente macaense — e há que experimentar a galinha africana, entre outras iguarias — é ir ao Litoral (Rua do Almirante Sérgio, 261-A r/c; www.restaurante-litoral.com).

Se as saudades da comida portuguesa soarem forte ou preferir ficar pelos sabores que conhece, há muitos e bons restaurantes geridos por mãos lusitanas: na península de Macau fica, por exemplo, o Tromba Rija (Edifício Centro Comercial Praia Grande; https://www.macautower.com.mo/dining/tromba-rija), enquanto na ilha da Taipa situam-se O Manel (Rua de Fernão Mendes Pinto, 90 r/c), O Santos (Rua do Cunha, 20 r/c; www.osantoscomidaportuguesa.com) e o António (Rua dos Clérigos, 7; www.antoniomacau.com); na ilha de Coloane há ainda o Miramar (Praia de Hác Sá; www.miramar.com.mo).

Para um buffet internacional que não deixa ninguém com fome é experimentar o 360º Café (Torre de Macau; www.macautower.com.mo/dining/360-cafe) — as mesas distribuem-se ao longo de uma plataforma giratória que vai rodando as vistas panorâmicas sobre todo o horizonte no alto da Torre de Macau — ou o Rossio do hotel MGM (Avenida Dr. Sun Yat Sen; www.mgmmacau.com/rossio).

Se preferir experimentar a típica gastronomia cantonesa, o requintado Le Chinois, no hotel Sofitel Macau at Ponte 16 (Rua do Visconde Paço de Arcos; www.sofitel.com/gb/hotel-6480-sofitel-macau-at-ponte-16), ou o despretensioso Café Nga Tim (Rua do Caetano 8 – Coloane).

Onde dormir

A oferta de hotéis e pensões é enorme (só para dar uma ideia, em 2013 contabilizavam-se 98 estabelecimentos hoteleiros em Macau, num total de mais de 72 mil camas), mas só podemos recomendar o que conhecemos. Ficámos alojados no Sofitel Macau at Ponte 16, na península de Macau, de janelas para o Rio das Pérolas e porta para o centro histórico da cidade (cinco minutos a pé).

Sofitel Macau at Ponte 16
Rua do Visconde de Paço de Arcos, Macau
Tel.: (+853) 8861 0016 ou (+853) 8861 7312 (reservas)
www.sofitelmacau.com

O que fazer

Um passeio pelo centro histórico é indispensável para conhecer a mistura de heranças e culturas que é Macau, com visita a alguns dos principais monumentos e jardins da cidade: o Templo de A-Má, os edifícios do Largo do Senado, a Igreja de São Domingos, as ruínas de São Paulo, o Jardim de Camões e o Jardim Lou Lim Ieoc, só para nomear alguns. Perca-se pelas ruelas e descubra os nomes portugueses, os pequenos templos em cada recanto, os mercados e as lojas de rua (o índice de criminalidade é baixo e ligado sobretudo a dívidas de jogo). Entre os museus, recomendamos a vista ao Museu de Macau e ao do Grande Prémio (estão lá os carros que Ayrton Senna, Michael Schumacher ou Pedro Lamy conduziram na famosa competição macaense). Do topo da Torre de Macau terá as melhores vistas sobre toda a região — para os mais corajosos, é possível caminhar numa plataforma em redor da torre a 233 metros do chão ou fazer bungee jumping. Não deixe de visitar as ilhas: na Taipa, o luxo dos empreendimentos hoteleiros e a pequena vila, onde ficam alguns restaurantes portugueses; em Coloane, os vilarejos, as praias, a montanha e o Parque de Seac Pai Van (onde pode visitar o casal de pandas gigantes, entre outra bicharada).

Informações

Em Macau são mais oito horas do que em Portugal. A moeda oficial é a pataca (um euro vale 8,9 patacas), sendo que quase todos os estabelecimentos comerciais aceitam igualmente dólares de Hong Kong (a variação do câmbio é irrisória). Existem muitos bancos e casas de câmbio espalhadas pela cidade mas também pode trocar dinheiro no interior dos casinos (a taxa é semelhante).

As línguas oficiais são o mandarim e o português, por isso todas as ruas mantêm a inscrição nos dois idiomas. No entanto, a esmagadora maioria da população fala apenas cantonês — e algum inglês nos espaços voltados para o turismo —, pelo que é indispensável ter um cartão com as moradas que necessitar escritas em mandarim caso precise de pedir indicações ou andar de táxi.

Existem autocarros urbanos a ligar as várias zonas da península de Macau e as ilhas, assim como um autocarro turístico que circula pelas principais atracções da região (o bilhete diário custa 150 patacas e é possível entrar e sair quantas vezes se quiser).

A Fugas viajou a convite do Turismo de Macau

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