Fugas - Viagens

  • Reuters
  • Reuters
  • Reuters
  • Reuters
  • Reuters
  • Reuters
  • Reuters
  • Reuters
  • Reuters
  • Reuters
  • Reuters
  • Reuters
  • Reuters
  • Reuters
  • Reuters
  • Reuters
  • Reuters
  • Reuters
  • Reuters

Continuação: página 5 de 6

Carnaval de Binche: Um dia na vida de um gille

Em Binche, pelo menos já desde a segunda metade do século XX, o Carnaval sempre foi o ponto alto de uma cidade habitualmente pacata. Na década de 1950, eram as autoridades locais que assumiam por inteiro a organização das festividades e a Associação de Presidentes, criada por essa mesma altura, tinha um papel pouco relevante, limitando a sua existência a uma ou duas reuniões durante o período carnavalesco. À época e até finais de 1976, Binche não contabilizava mais do que dez mil habitantes e cada uma das freguesias em redor tinha a sua própria festa (face à rivalidade era de todo impensável um Carnaval único) e a sua sociedade, individualista, com uma mentalidade diferente, por vezes do ponto de vista político, outras meramente social — e os focos de tensão inevitáveis, sempre que duas se cruzavam nas ruas.

Para pôr termo a estas divisões, foi criada, em finais de Novembro de 1976, a A.D.F. (Association pour la Défense du Folklore), logo reconhecida pela edilidade e facilitada pelo facto de, meses depois, no início de 1977, se ter dado a fusão entre as antigas oito freguesias, transformando Binche numa cidade que conta hoje com pouco mais de 30 mil habitantes.

Desde então, a associação, com as suas regras e os seus estatutos, com os seus direitos e as suas obrigações, passou a ser respeitada por todas as sociedades e há precisamente 40 anos que Binche beneficia desta harmonia e de um entendimento mais cordial para exacerbar ainda mais a qualidade e o mediatismo de um acontecimento anual que há muito galgou as fronteiras da Bélgica. E, no sentido de assegurar a identidade do Carnaval e de preservar o seu património, a associação registou, já em 1985, em Haia, na Holanda, a máscara (são feitas por um artesão local, Jean-Luc Pourbaix, e todas iguais ou muito idênticas para, alegadamente, eliminar diferenças sociais) e os termos Carnaval de Binche e Gille de Binche no E.P.O. (o escritório internacional de patentes). 

Para Binche, Carnaval há só um; para Binche, gille há só um.

GUIA PRÁTICO

Como ir

A Ryanair viaja entre Lisboa e Bruxelas (Zaventem) com uma tarifa (depende sempre da antecedência com que reserva e das promoções em vigor) a rondar os 50 euros (bilhete de ida e volta). Do Porto, a companhia de baixo custo irlandesa serve, mais ou menos pelo mesmo preço, os aeroportos de Zaventem, também conhecido como Bruxelas Nacional, e o de Charleroi, situados a 72 e 27 quilómetros, respectivamente, de Binche. Embora sazonalmente, a Ryanair também serve, desde o Porto, a cidade francesa de Lille, a pouco mais de 100 quilómetros da rainha do Carnaval belga (geralmente com preços menos acessíveis). Outras alternativas, mais dispendiosas, passam pela TAP, tanto do Porto (voos operados pela Portugália) como de Lisboa, ou a Brussels Airlines, que também opera (por vezes com tarifas mais em conta) a partir das duas cidades.

Há comboios directos (de hora a hora) desde a estação de Bruxelas-Sud (60 minutos) mas também é possível utilizar o mesmo transporte a partir de Mons (40 minutos) ou Namur (pouco mais de uma hora), se bem que estas duas últimas opções implicam uma mudança em La Louvière Sud.

--%>