Fugas - Viagens

  • Desde o ano
passado que
o Tons de
Primavera
inclui um
festival de
street art
dedicado
ao vinho e à
Primavera
    Desde o ano passado que o Tons de Primavera inclui um festival de street art dedicado ao vinho e à Primavera Martin Henrik
  • Viseu
    Viseu Martin Henrik
  • Viseu
    Viseu Martin Henrik
  • Viseu
    Viseu Martin Henrik
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    Viseu Martin Henrik
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    Viseu Martin Henrik
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    Viseu Martin Henrik
  • Cava
de Viriato
    Cava de Viriato Martin Henrik
  • Cava
de Viriato
    Cava de Viriato Martin Henrik
  • Câmara de Viseu
    Câmara de Viseu Martin Henrik
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    Câmara de Viseu Martin Henrik
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    Câmara de Viseu Martin Henrik
  • a loja
Cem Réis
    a loja Cem Réis Martin Henrik
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Cem Réis
    a loja Cem Réis Martin Henrik
  • Museu
Grão Vasco
    Museu Grão Vasco Martin Henrik
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Grão Vasco
    Museu Grão Vasco Martin Henrik
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Grão Vasco
    Museu Grão Vasco Martin Henrik
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Grão Vasco
    Museu Grão Vasco Martin Henrik
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Grão Vasco
    Museu Grão Vasco Martin Henrik
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Grão Vasco
    Museu Grão Vasco Martin Henrik
  • Restaurante Mesa de Lemos
    Restaurante Mesa de Lemos Martin Henrik
  • Restaurante Mesa de Lemos
    Restaurante Mesa de Lemos Martin Henrik
  • Restaurante Mesa de Lemos
    Restaurante Mesa de Lemos Martin Henrik
  • Restaurante Mesa de Lemos
    Restaurante Mesa de Lemos Martin Henrik
  • Pousada de Viseu
    Pousada de Viseu Martin Henrik
  • Pousada de Viseu
    Pousada de Viseu Martin Henrik
  • Sé
    Martin Henrik
  • Quinta de Reis (Oliveira de
Barreiros).
    Quinta de Reis (Oliveira de Barreiros). Martin Henrik
  • Quinta de Reis (Oliveira de
Barreiros).
    Quinta de Reis (Oliveira de Barreiros). Martin Henrik
  • Necrópole
    Necrópole Martin Henrik
  • Necrópole
    Necrópole Martin Henrik

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De Viriato à 'street art': o que Viseu andou para aqui chegar

A colecção de Grão Vasco, complementada com obras de discípulos e contemporâneos, encontra-se no último piso do museu. Até lá passamos por salas de artes decorativas, de arte religiosa, e até sacra, que entra pelo barroco, mas chegamos ao neoclassicismo trocando a religião pela natureza. Vieira Portuense, Domingos Sequeira, Columbano, Malhoa fazem parte do acervo, que inclui a Senhora dos Bigodes, a Baronesa Silva, personagem local retratada pelo pintor local conhecido como “o Gata”.

Street art na judiaria

Das exposições temporárias do museu, destaque para as esculturas de Rogério Timóteo, que, nos seus Diálogos Intemporais, vêm construindo um itinerário desde o Rossio até ao adro da Sé e entrando pelo museu, numa união entre a cidade velha e a cidade nova. Não são o único exemplo de intervenções artísticas pelas ruas da cidade. Desde o ano passado que o Tons de Primavera inclui um festival de street art dedicado exactamente ao vinho e à Primavera e tropeçamos nas suas marcas enquanto caminhamos pela cidade. Não nos afastamos muito quando nos deparamos com a homenagem à Boquinhas, tasca icónica da cidade, desenhada por Marco Mendes numa casa abandonada no Largo de São Teotónio, placa toponímica incrustada nos penedos musgosos onde se erguem as traseiras da sé. Estamos à vista da mais antiga latoaria da cidade e de um dos seus negócios mais originais. A Só Sabão é uma saboaria artesanal, produtos tradicionais com ingredientes locais, sempre que possível, explica Vítor Rodrigues, o mentor, juntamente com a mulher. A experiência começou em Lisboa, em 2003, e chegou a Viseu em 2012, instalando-se num edifício com memória — foi o teatro da Rua Escura. Por estes dias, a produção está parada “porque com o tempo frio e húmido não seria sustentável”. Azeite, mel, rosmaninho, alecrim e vinho são alguns dos ingredientes que compõem os produtos, 100% naturais, que se apresentam avulso ou em conjuntos. Há também colecções em que são convidados artistas a desenhar as ilustrações das embalagens — neste momento, as de animais e plantas ocupam muitas prateleiras e são da autoria de alunos da escola Viriato.

Deste largo parte a Travessa das Escadinhas pelas quais mergulhamos na cidade medieval. São típicas as construções ao alto, as casas de sobrado em que a parte de baixo era (e em grande parte ainda é) dedicada ao mester e a superior à residência, que delineiam ruas sinuosas. Percorremos a Rua Direita, desde tempos medievais rua de comércio e agora a maior concentração de lojas de noivas e de trajes de cerimónia da cidade, entre outras que ora têm um sabor anacrónico, ora de um avant-garde kitsch, ora uma mistura dos anteriores.

Na Rua Augusto Hilário já estamos na antiga judiaria (que segue na Rua da Senhora da Boa Morte). A rua tem este nome porque aqui nasceu o famoso Hilário, estudante-ícone da boémia coimbrã, fadista de renome, e para ela dá a primeira das duas janelas manuelinas da cidade — “Como boa cidade rica”, comenta Fátima; do outro lado da rua, numa esquina, Draw deixou a sua marca, com um rosto de mulher segurando um cacho de uvas. A segunda destas janelas manuelinas é associada à casa onde nasceu D. Duarte, mais uma vez um mito — era uma torre medieval. Pelo caminho, o Cortiço, recentemente reaberto, que tem no arroz de carqueja uma das principais referências, e casas como a Tasquinha da Sé e a Palato Wine House, onde o vinho do Dão reencontrou o seu orgulho e os petiscos entraram no hábito da cidade. Fazem parte de uma nova geração de casas em Viseu que têm explorado o filão receituário beirão, com ou sem twists, e adoptado a garrafeira como parte integrante da experiência gastronómica. Nós experimentámos o Dux Palace, “vindo” de Coimbra, para um jantar onde a tradição e a contemporaneidade se uniram à mesa.

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