Não foi fácil, no entanto. O chef teve que adaptar o menu às condições do comboio. As refeições foram preparadas antes da partida na cozinha do Yeatman, em Gaia, e apenas ultimadas no vagão-cozinha que foi dotado de tecnologias mais actuais, como alguns pequenos fornos.
Valeu o empenho do chef, que mostrou um lado divertido, entusiasmado e colaborante que até contrasta com a sua imagem de durão. Tão feliz e envolvido que era vê-lo no regresso à estação de São Bento a acenar aos turistas e deixar-se fotografar à janela do comboio com um do sorriso de orelha a orelha.
O comboio também faz parte do património e das emoções do Douro e o luxo é uma coisa antiga que rola sobre carris. A questão é que esta foi uma viagem que durou apenas dez dias e custava 350 euros. Mas há também uma boa notícia. O promotor está empenhado em relançá-la em Setembro e Gonçalo Castel-Branco gosta mesmo de emoções e de partilhar aquilo que há de melhor em Portugal.