O Café Ferreira permitiu-lhe concretizar o sonho, onde o irão levar os outros negócios não se sabe. Porque, agora, Carlos Ferreira vai abrir uma casa de frangos e, na Place des Festivals, no Quarteirão dos Espectáculos, onde decorre o conhecido Festival de Jazz de Montreal, além de muitos outros, está já a funcionar a Taverne Portugaise F, uma casa de petiscos, com tremoços, salada de atum, pastéis de bacalhau, polvo à lagareiro, pastéis de nata e muito mais. Ao final da tarde de um sábado soalheiro e com música a tocar no palco da praça, a casa está cheia.
Montreal tem muito mais para ver. Tem a “velha Montreal”, a zona do porto — transformada numa animada área de animação —, a enorme e comercial Rua de Santa Catarina, a velha e histórica Universidade McGill, o Estádio Olímpico, dos Jogos de 1976, praças e ruas onde as influências britânica (sobretudo escocesa) e francesa se confrontam em edifícios monumentais — igrejas de origem francesa, bancos e empresas de origem escocesa. Tem museus (incluindo o Centro Canadiano de Arquitectura, que detém hoje parte do espólio de Álvaro Siza) e a cativante cidade subterrânea, onde é obrigatório dar um passeio, ainda que possa ser curto.
Construída totalmente por iniciativa privada, a cidade subterrânea é um conjunto de túneis amplos, bem tratados e muito iluminados, que permite que os habitantes de Montreal possam circular pelo centro da cidade sem terem que lidar com a neve que se acumula à superfície nos invernos gelados canadianos. Também existe uma em Toronto, mas de menores dimensões. Se andar por ali num dia de calor, os túneis, com ar condicionado, também podem ser uma alternativa refrescante a pequenos trajectos entre praças e edifícios emblemáticos. Siga as placas e atreva-se.
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