Grandes Quintas Reserva Tinto 2010
Um dos novos vinhos do Douro, mais concretamente do Douro Superior (Vila Nova de Foz Côa). Lote de Touriga Nacional, Tinta Roriz e Tinta Amarela, é um tinto que transporta o xisto, a flora e a fruta duriense para dentro da garrafa, mas na medida certa. Não só tem a marca da região como a do enólogo que o faz, Luís Soares Duarte, que prefere a austeridade ao espavento aromático e gustativo, a autenticidade ao modismo, a garra tânica ao corpo de veludo. É um vinho que incorpora também a boa frescura da colheita de 2010 e que vai bem com comida natalícia, seja bacalhau, peru ou cabrito. 15€
Vieira de Sousa Porto Vintage 2011
Não há vinho que se adeque tão bem à quadra natalícia como o vinho do Porto. Convida à celebração familiar e acompanha deliciosamente os doces da época, sendo, por isso, o objecto certo para se oferecer. Um Porto Vintage da colheita de 2011, uma das mais extraordinárias de sempre, pode ser a escolha acertada. A única dificuldade é seleccionar a marca. Nunca como em 2011 se fizeram tantos e tão bons vintage. Desde os mais delicados Warre`s, Croft e Offley aos mais robustos Dow`s, Fonseca e Niepoort, passando pelos exclusivos Noval Nacional, Vargellas Vinha Velha e Graham`s Stone Terraces, existe no mercado uma vasta gama de opções com preços bem distintos. Um dos vinhos com melhor relação qualidade/preço é o Vieira de Sousa, um Porto Vintage pouco conhecido mas muito bom. É produzido pela Sociedade Roncão Pequeno a partir de uma única vinha situada numa das zonas com mais pedigree histórico para o vinho do Porto, o Roncão, na margem direita do Douro, entre o Tua e o Pinhão. Um verdadeiro achado. 35€
CC&CP Espumante Pinot Noir Branco 2008
Quando dois criadores de bons espumantes se reúnem para fazer um espumante com vinhos base provenientes de duas das melhores regiões do país, o que acontece? Antes de mais, uma grande expectativa. Num vinho, a soma de duas partes boas nem sempre dá uma terceira melhor, mas o CC&CP Espumante Pinot Noir Branco 2008 que acaba de ser lançado tem, na verdade, um resultado cartesiano: juntando, em partes quase iguais, um vinho base de Pinot Noir feito na Bairrada por Carlos Campolargo com o outro da mesma casta feito no Douro por Celso Pereira (criador do Vértice), os dois conseguiram fazer um espumante magnífico, capaz de se bater com muitos champanhes bem mais caros. Finíssimo no borbulhar e no aroma (fruta exótica discreta, toranja não demasiado amarga, ligeiro brioche), surge na boca bem depurado de "artifícios" doces e com uma frescura e uma pureza quase graníticas. É tão fresco e harmonioso que um copo puxa outro de forma perigosa. Merecia um rótulo mais bonito. 18€
As sugestões de Rui Falcão
Fonseca Vintage 2011 (Vinho do Porto)
Será escusado voltar a insistir que a colheita 2011 traduz um grande ano no Douro e uma enorme declaração de vintage. O simples detalhe de ser uma declaração clássica é reveladora da qualidade do ano. Os elogios têm-se sucedido internamente e internacionalmente e as palavras de louvor sobre aquela que já foi reiteradamente intitulada como a colheita do século são mais que esclarecedores. Entre os muitos vinhos soberbos destaca-se o vintage da Fonseca, um vinho poderoso, másculo e musculado que marca pela força e poderio dos taninos, pela robustez e pela frescura de uma acidez muito bem medida. Mais que pelas refinações, este Fonseca seduz pela intensidade e potência desmedida que acaba por se equilibrar no armistício do final de boca. Resista à tentação de o beber agora e reserve-o durante os primeiros vinte anos. 75 €