Fugas - Vinhos

Nelson Garrido

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Vinte ideias de prendas para estagiarem no sapatinho


As sugestões de Manuel Carvalho

Quinta do Crasto Vinhas Velhas 2010
O Vinhas Velhas do Crasto é um caso de sucesso internacional e pela melhor das razões. Com 93 pontos em 100 da Wine Spectator e 92 pontos em 100 de Robert Parker, este vinho reflecte o potencial e a diversidade biológica de uma vinha com uma média de idade de 70 anos onde coexistem 30 castas e o zelo com que a enologia da empresa a preserva. Um tinto que exala aromas amplos, complexos e deliciosos de fruta madura, notas de bosque, com uma barrica bem temperada e envolvida no conjunto. Um Douro de elegância pura, profundidade, complexidade, que combina aquele calor na boca própria dos tintos da região com uma acidez finíssima e longa que lhe confere frescura e um final delicioso e interminável. Um vinho irresistível, capaz de gerar consensos sobre as suas magníficas qualidades. 26€

Cabaz de castas nacionais
Se a sua ideia não for oferecer uma mas várias garrafas, pense na possibilidade de uma selecção de vinhos monocasta. Comece com um Alvarinho Muros de Melgaço de 2012, produzido por Anselmo Mendes (13.20€), siga até ao Douro e descubra um Sousão da Quinta do Vallado de 2010 (18.50€), prossiga com um Baga da Quinta da Dôna edição de 2009 (18€), tente um Touriga Nacional do Dão da Quinta da Falorca (T-NAC 2008, 14€), detenha-se num branco, o Encruzado da Quinta dos Carvalhais de 2011 (14€), e acabe com um Alicante Bouschet da Herdade do Esporão, colheita de 2009 (24€) – o nome é afrancesado, mas o Alicante é uma casta nacionalizada, nossa. Uma caixa de seis garrafas que é uma viagem pelo Portugal das castas. Total: 101.7€

Carvalhas Tinto 2011
Um tinto sumptuoso proveniente das vinhas velhas da Quinta das Carvalhas, no coração do Cima Corgo, que simboliza um novo estágio de evolução dos vinhos da casa após a chegada de Jorge Moreira (criador do Poeira, entre outras pérolas) à Real Companhia Velha. Um vinho com uma estrutura tensa e poderosa que ampara uma magnífica palete de aromas de fruta madura, especiaria e um tempero de frescura de notas balsâmicas. Moderno mas sem abdicar de uma certa rusticidade duriense bem visível no perfil dos taninos, é um vinho clássico que já se bebe com prazer mas que exigirá pelo menos meia dúzia de anos de espera até que mostre todo o seu potencial. 40€

Colheitas Porto
Os Porto com data de colheita (vintage e colheitas propriamente ditos) têm a enorme vantagem de se ajustarem a efemérides especiais. Oferecer um Porto com a data de nascimento de um amigo ou do ano da licenciatura de um filho ou de um amigo é uma prenda de sucesso garantido. Felizmente é possível encontrar um largo espectro de colheitas capazes de satisfazer a procura de quase todas as datas. Um telefonema para algumas garrafeiras ou para as próprias empresas de vinho do Porto pode suprir quase todas as necessidades. Quanto aos preços, tudo está em aberto. Um Kopke de 1995 custará 33 euros, mas a recente e luxuosa edição de 1940 chega aos 680 euros.

Quinta da Romaneira Reserva 2008
Os vinhos DOC Douro de António Agrellos (Noval e Romaneira) têm sempre um balanço quase perfeito entre a estrutura e a carga aromática, entre o nervo e a subtileza, entre o Douro e as inspirações provenientes de outros vinhos do mundo. Este Romaneira de 2008 é um desses casos de um vinho que se afirma na boca pelo seu volume e pela sua arquitectura (Agrellos tem formação na área) e que se perpetua num rasto de sensações florais, de arbustos, de especiaria e de fruta madura e deliciosa. Tintos magníficos que se ajustam às necessidades da época e que hão-de continuar a crescer nos próximos anos. 42€

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