Anselmo Mendes Parcela Única 2011
É um vinho ícone de um criador de vinhos que é também ele mais que um símbolo da região. Anselmo Mendes mostrou que os Alvarinho — e os Verdes em geral – podem ser apreciados e reconhecidos em todo o mundo. E que nem sempre têm de ser caros. Na sua persistência e criatividade chegou também a um vinho-emblema, que é dado por uma parcela única onde ano após ano colhia uvas de qualidade diferenciadora. Mais de dez anos depois decidiu vinificá-las e engarrafá-las separadamente, criando um vinho que bem reflecte a procura da individualidade e a qualidade do seu trabalho. A fermentação em barricas usadas e subsequentes nove meses de estágio com borras totais dão-lhe um peculiar carácter de estrutura e complexidade. Nesta colheita de 2011, a última a ser lançada, a mineralidade é imensa, a deixar na boca uma frescura que parece nunca mais acabar. E se o vinho é único, a prenda será igualmente única. 25€
QMF Reserva Pessoal 2006
E que tal um extraordinário espumante da Bairrada para fazer companhia aos múltiplos petiscos de Natal? A Quinta da Mata Fidalga faz um dos mais representativos espumantes do velho estilo bairradino, cheios de fruta e sabor e de acidez mais escondida. Vinhos que são mais para a mesa, com uma capacidade e amplitude gastronómicas quase insuperáveis. Mesmo face a muitos dos mais prestigiados borbulhosos franceses. Deste reserva pessoal de 2006 já não há, infelizmente, muitas garrafas (mas já há o 2007), pelo que a prenda será certamente ainda mais apreciada. Resulta de uma mistura de Chardonnay com as castas típicas da Bairrada como as Bical, Arinto, Maria Gomes e ainda um pouco da tinta Baga. Parte (40%) fermenta em barricas de carvalho, seguindo-se a refermentação e estágio sobre borras de pelo menos 60 meses. É vivo e de acidez moderada, mas o que se destaca são os sabores a fruta madura e cozida e biscoito. Perfeito para os petiscos natalícios. 15€
As sugestões de Pedro Garcias
Blandy`s Terrantez 20 anos
Os vinhos Madeira não são muito conhecidos do público em geral, mas os verdadeiros amantes do vinho caem aos seus pés. Oxidados em novos, duram uma vida graças à sua fantástica acidez. Como as produções são baixas, o preço dos melhores e mais antigos é um pouco elevado, embora não tanto como o de um Porto mais ou menos equivalente. Este Blandy`s Terrantez 20 anos não tem um preço proibitivo e mostra bem a excelência dos Madeira e daquela casta (quase extinta na ilha) em particular. Engarrafado para assinalar o bicentenário da Blandy`s, é um vinho com um bouquet muito expressivo (frutos secos e cristalizados, toffy) e um paladar magnífico, cheio de notas apimentadas e doçura bem suportada pela acidez. O final é seco, vibrante e longo. 50€ (0,50l)
Ante Aequinoctium Veranum Grande Reserva 2011
Alvo de recente avaliação na FUGAS, este novo branco da Bairrada (lote de Bical, Arinto e Chardonnay) pode ser uma bela prenda de Natal, porque é um vinho ainda pouco conhecido e porque tem tudo para acompanhar na perfeição o bacalhau da consoada – prato que também vai bem com tintos. O seu autor, José Carvalheira, enólogo das Caves São João, fez um bom uso da madeira, conseguindo dar volume e complexidade ao vinho sem o deixar refém das notas tostadas. O que sobressai é a sua delicadeza e extraordinária frescura de boca. Não o beba com pressas. Este é o tipo de vinho que cresce no copo. 18,90€