Fugas - Vinhos

  • Nelson Garrido
  • Kopke Colheita 1965
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  • São Domingos Lopo de Freitas 2010
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  • Muros Antigos Alvarinho 2014
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  • Bons Ares Branco 2014
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  • Pedra Cancela Selecção do Enólogo Tinto 2010
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  • Quinta das Bágeiras Super Reserva 2011
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  • San Clemente Montepulciano d’Abruzzo 2011
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  • Terras de Tavares Reserva 1997
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  • Vértice Pinot Noir 2006
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  • Encontro1 Branco 2012
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  • Vale da Mata Reserva Tinto 2011
    Vale da Mata Reserva Tinto 2011

Vinhos para um Natal em grande estilo

Por Pedro Garcias, Manuel Carvalho, José Augusto Moreira

Por juntar gente com gostos e conhecimentos muito distintos, o Natal pode não ser a altura ideal para bebermos os melhores vinhos, apesar de a quadra se prestar a algumas excentricidades. Mas é sempre possível gastar menos e, ainda assim, fazer da grande festa da família um momento inesquecível.

Será o Natal a melhor época do ano para bebermos os melhores vinhos? Se fizerem a pergunta ao crítico João Paulo Martins, ele vai logo dizer que não, que pode ser um desperdício, porque há sempre alguém na família que não sabe apreciar um bom vinho. E não deixa de ter razão. Não há nada há mais frustrante do que partilhar um grande vinho com alguém que não o sabe apreciar devidamente ou, pior, que até pode fazer cara feia ou sugerir que o mesmo possa estar estragado. Não é exagero. É mais do que comum sermos confrontados com situações destas.

O problema não está na sogra, no irmão ou na cunhada que percebe pouco de vinho. Nem toda a gente tem os mesmos conhecimentos ou gostos vínicos e a um familiar, ainda mais numa mesa de Natal, perdoa-se tudo. Mas há vinhos que, pela sua natureza ou raridade, só devem ser bebidos com alguém que consiga percebê-los ou, no mínimo, que tenha sensibilidade e esteja receptivo a partilhar uma grande experiência. Por outro lado, beber grandes vinhos não é um acto social qualquer. Pode não requerer uma liturgia especial, mas exige, no mínimo, um ambiente propício, para além da companhia certa. Ora, o Natal não é propriamente o momento mais adequado, até porque a festa gira cada vez mais em torno das crianças e das prendas.

Esta será a visão do enófilo. Se nos ativermos apenas à importância do Natal e à felicidade de podermos ter ao nosso lado as pessoas de que mais gostamos, então vale sempre a pena festejarmos com o melhor vinho possível. A vida é feito de pequenos momentos e pode ser um erro esperar pelo momento certo para abrirmos a garrafa especial que nos ofereceram ou o vinho xpto que guardamos ciosamente na garrafeira.

O mais sensato, no entanto, é optarmos por uma situação de compromisso, por vinhos que, não sendo os melhores ou os mais caros, sejam bons, possam ser mais consensuais e, ainda assim, consigam valorizar a gastronomia da festa e fazer do Natal um momento único. Há muitos vinhos capazes de preencher esse papel. Nem sempre são os vinhos mais caros e especiais os que nos levam ao céu. Há determinados brancos e tintos, espumantes ou fortificados que, pela comida, pela nossa disposição ou pela companhia, nos parecem perfeitos.

O ambiente natalício e a gastronomia da quadra são, de resto, muito apropriados para o vinho, permitindo um alargado leque de escolhas. O Natal deve ser, aliás, a festa que mais nos estimula a bebermos diferentes tipos de vinhos, desde brancos a tintos, passando por espumantes e fortificados.

E o desafio começa logo pela manhã, com a chegada dos primeiros fritos e doces à mesa. Para este momento, o melhor é optar por brancos frescos, leves e sem madeira ou por champanhes ou espumantes novos e sem açúcar. Há Alvarinhos e espumantes bairradinos brutos, por exemplo, que podem ser deliciosos com estes aperitivos pré-consoada. Os brancos podem continuar ao jantar, sobretudo se o prato for bacalhau assado. Neste caso, o melhor é optar por um branco mais complexo e gordo mas vibrante de acidez. Um branco muito marcado pela madeira pode ser enfadonho. Os tintos também vão muito bem, sobretudo tintos carnudos e amplos, com bons taninos e acidez, importantes para dialogarem com a proteína do bacalhau e a gordura do azeite. Se a tradição incluir peru assado, um tinto é sempre a melhor escolha. De preferência um tinto mais fino e delicado, sem muito álcool e pouco marcado pela madeira.

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