Fugas - hotéis

  • Casa da Amendoeira
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  • Casa da Amendoeira, quarto Blues
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  • Casa da Amendoeira, quarto Bossa Nova
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  • Casa da Amendoeira, quarto Fado
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  • Casa da Amendoeira, quarto Flamenco
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  • Casa da Amendoeira - envolvente
    Casa da Amendoeira - envolvente

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Silêncio, aqui há Fado, Blues, Bossa Nova e Flamenco

Madalena e Alberto também encorajam os hóspedes a utilizar os instrumentos. Eles não sabem tocar, mas abrem as portas de casa a quem o queira fazer. Madalena diz que havia mesmo um homem das redondezas que, de vez em quando, quando estava por ali, lhe pedia para ir tocar um pouco de piano. No Facebook do alojamento há fotografias de um hóspede a dar um pequeno concerto privado ao piano e um outro a tocar acordeão junto à mesa de refeições.

E, já que falamos em refeições, convém não esquecê-las. Já nos tinham informado que a Casa da Amendoeira preparava refeições “ligeiras” desde que pedidas com antecedência e o “ligeiras” vinha assim mesmo, entre aspas, a prometer surpresas. Quando regressamos, depois do passeio da tarde, já um aroma de fazer crescer água na boca se espalhara pela casa e, com a porta aberta, uma mulher de máquina fotográfica na mão entra e pergunta em espanhol se ali se pode comer. Madalena explica que não e a turista, desconsolada, ainda insiste antes de ir embora, derrotada. 

Tem razões para a tristeza. À nossa frente desfilam enchidos, o belo pão da zona e uma deliciosa sopa de legumes. Vem depois uma alheira acompanhada de legumes salteados e batata a murro, que fazem um fotógrafo alemão que também por ali anda revirar os olhos de prazer. Para a sobremesa há figos apanhados nas árvores em redor e um gelado caseiro que se desfaz na boca. Tudo regado com vinho de uma das quintas do Douro, que Alberto vai vertendo para os copos de todos.

Depois do jantar voltamos a sair, para mais um dos passeios que Madalena e Alberto nos propuseram, desta vez às gravuras rupestres do Vale do Côa. O jipe, com sete lugares, vai cheio. Regressamos já noite cerrada, com os olhos a fecharem-se de cansaço, mas ninguém vai para a cama sem primeiro embalar o sono com um chá de limonete que Madalena traz da cozinha. 

A seguir, queremos dormir. Do exterior não vem um pio. O fado vai fluindo pelo quarto enquanto não chega a hora de apagar a luz (será que quem está no quarto Bossa Nova está também a ouvir os ritmos brasileiros escolhidos pelos donos da casa?, questionamo-nos. Ou haverá blues a soar no quarto azul dedicado a este género musical? E guitarras a cantar no Flamenco?).

A cama, confortável, parece ajustar-se ao nosso corpo. Dispensamos uma das duas almofadas que nos oferecem e deixamos o roupão dobrado no cadeirão ali ao lado. Desligamos a música, a luz apaga-se e está feito. Parece que no minuto seguinte já estamos a dormir. 

Na manhã seguinte acordamos cedo, a ouvir a chuva a cair lá fora e a trovoada que se insinua ao longe. Dali a pouco, já se houve o ruído do pequeno-almoço a ser preparado. Pede-se aos hóspedes que indiquem a hora a que o querem tomar e, naquele dia, todos têm hora de partida diferente. O fotógrafo alemão senta-se à mesa às 7h30, o casal de Lisboa que vai enfrentar o mau tempo nas suas motas potentes começa a comer às 8h30 e nós vamos depois, já quase às 9h30. 

Há sumo de laranja natural, queijos, compotas e marmelada caseiros, diferentes tipos de pão, fatias de bola de carne, iogurtes, cereais, café, leite, chá e fruta. Não provamos tudo, não queremos nem podemos. Vamos petiscando, enquanto Madalena toma um café (ou será um chá?) na mesa ao lado. Está quase na hora de partir e a chuva não nos deixou aproveitar as cadeiras de ferro instaladas no pequeno pátio fronteiro da casa. Nem sequer apanhamos as últimas amêndoas que ainda pendem da árvore desse mesmo pátio e que deu o nome à casa. Não fizemos tudo, nem experimentamos tudo. E isso é uma bela desculpa para, um dia destes, podermos voltar.

Nome
Casa da Amendoeira
Local
Figueira de Castelo Rodrigo, Castelo Rodrigo, Rua do Relógio, 2
Telefone
271313053
Website
http://www.casadaamendoeira.pt/
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