Há várias maneiras de descobrir a Mata Nacional do Buçaco ao longo dos 105 hectares de património natural e histórico que ela encerra, mas o desafio que, agora, está a ser apresentado aos visitantes e amantes deste paraíso natural passa por “sentir” a mata, na sua plenitude. Como? Pernoitando dentro da floresta, nas antigas casas dos guardas florestais, que acabam de ser requalificadas e aproveitadas como unidades de turismo rural.
No total, são seis casas, de várias tipologias e dimensões, e que têm em comum a decoração simples e de linhas direitas, confortável o quanto baste. Fica apenas a nota para os mais dependentes das vivências mais mundanas: as casas não dispõem de televisão, nem de ligação à Internet – o objectivo passa, mesmo, por sentir a mata, sem distracções com coisas de menor importância. Mas o mais provável é que, depois de caminhar horas a fio ao longo da floresta impregnada de ar puro, nem dê sequer por falta da caixinha mágica – acredite, só vai sentir falta de uma cama ou um bom sofá.
Ainda que por fora tenham exactamente a mesma apresentação – pintadas de tom creme e decoradas com uma espécie de moldura feita a partir de pequenas pedras da própria mata -, cada casa tem a sua própria identidade e designação. Comecemos pela Casa do Serpa, que foi o alojamento que a Fugas experimentou e que foi baptizada com o título “Seriedade”. Está localizada bem próximo da zona central da Mata do Buçaco e não obstante o peso da palavra com que a classificaram, e que nos salta à vista assim que abrimos a porta, revela-se bastante acolhedora e propícia a grandes momentos de amena cavaqueira, entre amigos ou família. Dizem-nos que a classificação apenas pretende deixar o desafio para uma estadia com “seriedade no saber estar, seriedade no saber olhar, seriedade no saber habitar”. A Casa do Serpa dispõe de dois quartos, decorados em tom verde e castanho – um com cama de casal e outro com duas camas individuais – casa de banho, cozinha e sala de estar.
Com tipologia idêntica, a Casa das Lapas situa-se mais a sul do núcleo central da Mata do Buçaco e goza de uma envolvente singular e verdadeiramente única, por detrás da vegetação e com um conjunto de ligações. Um local refugiado, discreto e intimista.
“Equilíbrio” foi a palavra escolhida para a baptizar, tentando realçar o facto de esta casa reunir num só espaço três relações imediatas que dão origem ao equilíbrio pretendido: calma, mistério e contemplação.
Outra das casas que conta com a mesma tipologia é a Casa das Ameias, que está localizada numa das entradas da mata, mais precisamente nas Portas das Ameias, razão pela qual acaba por proporcionar uma vivência diferente das restantes unidades de alojamento – está mais próxima do ambiente urbano. Foi classificada como espaço de “Reflexão”, de forma a convidar o visitante a reflectir sobre a ligação entre o espaço urbano com a pureza do espaço verde.
A sugestão para dormir na mata, quase nas mesmas condições em que viviam os guardas florestais, também é extensível a famílias ou grupos maiores, uma vez que as outras três habitações contam com três e quatro quartos. Tanto a Casa da Floresta Relíquia como a Casa do Miradouro – que têm em comum o facto de terem sido as primeiras unidades a serem recuperadas – parecem estar especialmente preparadas para receber grupos.
- Nome
- Fundação Mata do Buçaco
- Local
- Mealhada, Luso, Mata Nacional do Buçaco
- Telefone
- 231937000
- Website
- http://www.fmb.pt./
