Fugas - hotéis

  • Nelson Garrido
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O bom Vintage está de volta

O hotel está cheio de pormenores novos. Quando voltou a casa — ele abrira pela mão da Taylor’s, em 1998, uma das marcas que faz parte do universo Fladgate, com a Croft, a Fonseca e a Krohn — o Vintage foi totalmente reformado. A fachada lateral que tem a principal porta de acesso perdeu a escada de saída de emergência, que agora parece nunca ter estado noutro sítio senão a parede das traseiras para onde foi transferida. A área de recepção foi pintada do tal azul forte que nos recebe, as portadas com vidraças para o rio foram alargadas e acrescentaram-se mais janelas. “Agora é como uma parede quase invisível para o Douro, temos muito mais luz”, descreve Adrian e percebemos o que quer dizer.

As mudanças mais complicadas, realizadas no tempo recorde de dez semanas (período em que o hotel esteve fechado, entre Janeiro e Março), implicaram a substituição de todo o sistema de água fria e a transformação das salas de reuniões por cima da recepção em quatro novas suítes. Uma das quais é o nosso quarto, com o candeeiro que causa dúvidas ao dono do hotel.

Por nós, pode ficar assim. Não ficamos tanto tempo assim naquela sala. Usamos o sofá, mas não nos sentamos à mesa. Já no quarto de banho, não resistimos a encher a banheira e a experimentar a que sabe um banho relaxado, com as portadas da varanda abertas, a deixarem entrar o verde das vinhas pelo quarto dentro (e sabe muito bem, acreditem).

Atiramos um olhar à cama, que nos tenta com as suas grandes almofadas e o ar confortável, mas ainda é cedo para dormir. Descemos para o jantar, mas a noite está tão agradável, com uma temperatura que leva os mais calorentos a dispensar casaco, que nos deixamos ficar a gozar um pouco mais a esplanada. Os barcos já não cruzam o Douro, o sol já não nos afaga o rosto, mas o silêncio continua ali, bem como um Porto tónico que convida a mais uns minutos de pura contemplação da paisagem que ainda se desenha no crepúsculo.

Quando, finalmente, nos encontramos com a cama que já nos andara a fazer olhinhos, sabemos que vamos ter uma noite tranquila. Dormimos confortavelmente, até o canto dos pássaros nos despertar pela manhã. É mais um dia de céu azul resplandecente no Douro e, na televisão, um directo a partir do Porto mostra-nos mais uma manhã escondida pelo nevoeiro. Afastamos os cortinados pesados, para deixar o sol entrar, e regressamos um pouco mais ao conforto da nossa cama larga. 

Sabemos que lá em baixo há uma sala voltada para o rio com o pequeno-almoço à nossa espera. Havemos de descer e vamos comer devagar, saboreando a fruta fresca, os pães e os ovos. Vamos beber café e um sumo natural, lentamente, roubando mais uns minutos à hora de partida. É só mais um bocadinho. Só mais um bocadinho, se faz favor…

A Fugas esteve alojada a convite do Vintage House Hotel

 

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Quartos e Preços

Há 36 quartos e 11 suítes com vista para o rio Douro à sua espera no Vintage House Hotel. Os quartos são luminosos e espaçosos, mas as suítes são verdadeiramente grandes e além do quarto de dormir incluem uma sala, o quarto de banho (maior que as salas de algumas casas de menores dimensões) e um corredor com armários para guardar a roupa. Além da varanda, claro, e se está a descansar no Douro, é bem provável que passe muito tempo na varanda. Os preços começam nos 150 euros (quarto duplo standard, com pequeno-almoço) e podem chegar aos 400 euros por noite, se optar pela master suite. Há preços intermédios de 180 (junior suite) e 250 euros (deluxe suite). Os planos de futuro da Fladgate passam pela ampliação do hotel, com mais quartos e novos serviços, que incluem uma piscina interior e um spa. Por enquanto, a piscina exterior e a esplanada são os locais onde poderá querer passar uma boa parte do dia.

Nome
Vintage House Hotel
Local
Alijó, Pinhão, Rua Manuel António Saraiva
Telefone
254 730 230
Website
www.vintagehousehotel.com/pt/
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