Fugas - restaurantes e bares

Luís Efigénio/ NFactos

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Há Gato no Porto

E, como quem espera sempre alcança, este bar até vem com esplanada-jardim-quintal, uma faixa estreita e comprida que se some na cidade como se no campo estivéssemos - ou não fossem o cantar dos pássaros (de manhã, há sinfonia, asseguram), o latir de cães, o ruído do vento, a banda sonora mais persistente, debaixo de árvores (uma nespereira gigantesca entre elas), entre muros de pedra. A compor o cenário rústico, não falta sequer uma ruína granítica ao fundo, que em breve se tornará uma cozinha regional, com sala de petiscos e nova esplanada: "Esta será mais recatada". A outra, a já existente, é a "dos copos".

Por enquanto, a cozinha do Aqui Há Gato é uma "cabana" de jardim, de madeira, à saída da sala do bar, que dá para as traseiras, um nível abaixo do jardim. "Tem todas as condições de segurança", realça João, e permitiu manter intocada a estrutura original da casa. Onde, neste nível sobressai o bar, quase minimalista num estilo clássico muito contemporâneo: as paredes recuperam o lilás da entrada e estão cobertas de posters vintage emoldurados - no meio, um enorme relógio de parede que mais parece um relógio de bolso tamanho XXL dá as horas em numeração romana e veio direito da Loja do Gato Preto, dizem-nos entre sorrisos.

O balcão é negro (como o chão, pintado por cima da madeira) e há uma pequena prateleira que faz as vezes de biblioteca pouco ortodoxa (entre os livros ali à mão, a certeza de encontrar vários volumes do Hiper Disney) - há também wi-fi e em breve haverá jogos de tabuleiro e baralhos de cartas à disposição de quem se quiser sentar nas cadeiras de palha a rodear umas poucas mesas de ferro com tampo de vidro que preenchem este interior. 

Na esplanada, entre empedrado desalinhado e gasto, e outro reluzente e geométrico, há vários conjuntos de mesas abrigadas por grandes guarda-sóis brancos - de madeira, com cadeiras que parecem bancos de jardim, de ferro e vidro, e metálicas, negras, compridas, servidas por bancos corridos que são úteis para os grandes grupos que se juntam para refeições. Sim, porque a ausência da cozinha regional não impede a presença de comida.

Há petiscos sempre (as estrelas são os caracóis, as tostas de galinha e o presunto com queijo das ilhas, como se pode ver numa lousa pousada na esplanada, numa antiga floreira de pedra agora viveiro de erva, ao lado das especialidades líquidas: sangria de vinho tinto, de espumante, de frutos vermelhos - e há branca ainda -, caipirinha e cocktails); para grupos maiores de dez, há jantares à base de grelhados (na brasa) e saladas (o menu que passará a ser diário e sem mínimos de presenças em pouco tempo). Produtos nacionais, "de qualidade", algumas ofertas insuspeitas (como as madeirenses poncha e nikita) e hábitos importados, como o das mini-tapas que acompanham as bebidas (milho seco e tremoços com a cerveja, as línguas de gato com o café, por exemplo) - que serão tapas de corpo inteiro em noites especiais: a cerveja aumenta de preço (de €1,20 passa a €2) e vem acompanhada de petiscos.

O terraço não é só para estar, também é para fazer - espectáculos. Ao fim-de-semana pode virar palco para concertos, teatro (dos "alunos" da escola - ontem fizeram o segundo espectáculo aqui), cabaret circense (ainda por "estrear" - será em Setembro ou no Natal, depende da disponibilidade do artista, a estudar em Madrid).

Nome
Aqui Há Gato
Local
Porto, Porto, Rua D. Manuel II, 222
Telefone
912066377
Horarios
Segunda-feira e Terça-feira das 10:00 às 00:00
Quarta-feira e Quinta-feira das 10:00 às 02:00
Sexta e Sábado das 10:00 às 04:00
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