E, lá está a tal pergunta, é mais museu que bar? Não. É um quase museu, sim; mas os dois amigos do início desta conversa, o bom do Dry Martini e o belo do Adquiri, dão um contributo final à questão: os olhos bem podem deambular por tanto artefacto, mas os cultivados cocktails e a imponência da carta de chás e álcoois são a garantia de que a arte maior continua a ser o esmerado serviço de bar. O resto é conversa, que, como sabemos, é uma arte à parte e que, no Pavilhão Chinês, é também cultivada, claro, até porque a música ambiente é propositadamente ligeira e só perturbará quem se enerva com tons de tal leveza.
Referências
Chinês?
É só de nome: herdou-o da mercearia que por aqui vendia especiarias, chás, cafés e outras mercearias finas nos inícios do século XX. Quando em 1986 se tornou bar, por artes de Luís Pinto Coelho, manteve-o.
O livro menu
A carta do bar é um achado, uma obra de arte de 82pp em formato livro, repleto de ilustrações divertidas, da autoria de Luís Pinto Coelho, e que reportam à cultura boémia, dos clubes ingleses ou dos cabarés franceses, entre a caricatura e uns toques de erotismo, com muitas pin-ups à antiga.
Culto do cocktail
O portefólio inclui mais de 100 e a casa faz honra de cultivar a arte de bem fazê-los e bem bebê-los. Há os clássicos esmerados (o tal Dry Martini, o Daiquiri. etc) sem álcool, short, o da casa (Pavilhão Chinês, claro: inclui Rum e Curaçao citrinados e com toque de ananás), os longos, os old fashion (caipiras, Maris Virgin e Bloody, etc, etc.
Chás, mas chás mesmo
A carta é vasta na arte do chá, com três dezenas à escolha, incluindo alguns aromatizados e outros puros e duros: Ceilão, Índia, Formosa, China, Japão, Geórgia, Nepal, Quénia...
Snooker & fumo
Mantém-se a tradição da jogatina, com duas mesas ao dispor na última sala, que é também a única onde se pode fumar.
- Nome
- Pavilhão Chinês
- Local
- Lisboa, Santa Catarina, Rua Dom Pedro V, 89
- Telefone
- 213424729
- Horarios
- Segunda a Sábado das 18:00 às 02:00
Domingo das 21:00 às 02:00