Fica no extremo Norte da moderna avenida marginal, a poucos metros do Forte da Lagarteira e do portinho de abrigo, onde actualmente decorrem complicadas obras de remodelação. Apesar da denominação oficial, o local é mais conhecido pelo nome do proprietário, o antigo futebolista Ibraim. Um esquerdino endiabrado que atingiu a fama na década de 70 ao envergar a camisola do Benfica e das selecções nacionais. É ele que está aos comandos da sala e que, em regra, atende a clientela.
Mesmo que à primeira vista pareça exibir cara de poucos amigos, aconselha-se que siga as suas sugestões, pois é ele que diariamente adquire o peixe na lota vizinha, sendo que muitas das peças são até trazidas directamente das embarcações por amigos pescadores. Não só sabe aquilo que há, como o tamanho e as espécies mais aconselháveis.
Na casa de Ibraim não há congelação ou outros entremeios, pelo que peixe só mesmo fresco e do que o mar dá diariamente, tal como sardinhas, robalos, rodovalhos e aparentados.
A lista resulta simplesmente daquilo que dão as pescarias do dia, assim como simples é também o processo de preparação: grelhados no carvão, que tanto podem chegar à mesa com toda a suculência e essências marinhas, como mandam os melhores cânones culinários; ou então mais secos e tostados, porque escalados (espalmados) para melhor absorverem o calor das brasas, como em regra o pede a clientela da casa.
É uma questão de gosto, mas sempre diremos que é uma dor de alma (além do desperdício, claro) ver peixe de tanta frescura e qualidade ser ressequido e esturricado como se fosse um pão torrado.
Nos acompanhamentos reina igualmente a simplicidade e genuinidade dos produtos. Batata, cenoura e verduras cozidos, com sabores e aromas de horta que logo identificam as origens.
Para entradas, enquanto se preparam os peixes, há também os mariscos do dia. Camarões da costa, percebes ou santolas, que trazem o mar à mesa pela sua frescura e sempre cozidos em água do mar para que não se perca pitada.
Tal como a casa, a sala é modesta. Paredes em granito, janelas e mobiliário em madeira escura e a acentuar o ambiente onde não abunda a luminosidade. O estilo rústico fica ainda mais vincado com as malgas para o vinho (também há copos, claro) e as toalhas e guardanapos de algodão ao xadrez, a lembrar as antigas casas de pasto.
Nos vinhos, há os verdes, branco e tinto, (daí as malgas) propostos pela casa, mas também as opções essenciais para os melhores da região, Alvarinhos incluídos. No restante, a habitual oferta de vinhos correntes do Douro e, sobretudo, do Alentejo.
Quanto a preços, tudo depende sobretudo do peixe escolhido, mas é seguro que com 20 euros o cliente sairá de cara alegre e ainda com troco.
- Nome
- A Tasquinha
- Local
- Caminha, Vila Praia de Âncora, Rua dos Pescadores, 11
- Telefone
- 258911183
- Horarios
- Todos os dias das 12:30 às 15:00 e das 19:00 às 22:00
- Cozinha
- Peixe