Com a petisqueira bebeu-se um branco novidade de 2008, o Quinta dos Termos, lote de Fonte Cal e Síria, elaborado pelo professor Virgílio Loureiro. Embora não muito falador, mas de perfil fresco, custou 4,50 euros a garrafa, coisa espantosa. O bacalhau e o cabrito no forno desafiaram um Campolargo, o Diga? 2005 (35 euros), um Petit Verdot de cor profunda, nariz penetrante, complexo e fino, encorpado, harmonioso e longo, belíssimo tinto criado nas terras argilo-calcárias bairradinas. Com os doces da sobremesa (toucinho do céu de Murça, pão de rala, bolo visconde, cornucópia e cartucho de chocolate, 13,50 euros pelo conjunto, uma sinfonia de ovos moles, açúcar, canela, amêndoa, gila, pouca farinha, coco e sumos de laranja e limão) bebeu-se o colheita tardia da Quinta dos Carvalhais (15 euros), que se mostrou à altura das circunstâncias .
Mais algumas informações. Na mesa são postos à disposição azeites categorizados, entre eles o da Cooperativa de Foz Côa e o Pintas, de Sandra Tavares e Jorge Serôdio Borges, bem como o vinagre Moura Alves. Há alguns pratos que exigem encomenda prévia: caldeirada de enguias, cabidela de galo, cabritinho no forno, lampreia e bordalesa e cabidela de lampreia, estes dois na época própria. O serviço é prestável e preocupado com as temperaturas dos vinhos. Esta Casa Matos tem que se lhe diga. Bem, naturalmente.
- Nome
- Restaurante Casa Matos
- Local
- Estarreja, Salreu, Rua Padre António Almeida, 3A
- Telefone
- 234841319
- Horarios
- Segunda a Sábado das 12:00 às 15:00 e das 19:00 às 23:30
- Preço
- 25€
- Cozinha
- Trad. Portuguesa