Fugas - restaurantes e bares

Ricardo Castelo/NFactos

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De Cuba, com surpresas

O do Porto cumpre-o, é maior do que os outros, tem zona exterior, estacionamento para 200 carros e selecção à porta - o Havana Club, rum, até pode ter sido nacionalizado, os Havanas Clubs, discotecas, até podem ter entrada livre, mas o Havana Club Prestige não é para todos. Afinal, este "é um espaço com ainda mais glamour", diz André Pereira, e, numa altura em que a entrada seleccionada parecia ter caído em desuso, surge, orgulhoso, o Prestige. "Aqui é ao contrário, queremos ocupar um espaço distinto na noite."

Se a impressão digital visual é idêntica em todos os Havana Club, aqui é bigger and better. E transborda pela primeira vez para o exterior: um pátio com fontes de granito iluminadas (um deles com peixes) e um lago (com árvores) surgem enquadrados pelas paredes envidraçadas em "L" do espaço, que até há poucos meses era o Penthouse, clube de strip de pergaminhos da cidade, e antes ainda foi o Colonial Bar. Se calhar vem desta altura a estrutura que nos leva a ter na boca sempre a palavra "colonial" (na verdade, poucas obras estruturais foram feitas aqui, revela André Pereira) - não a evitamos, uma vez mais, neste jardim cheio de árvores, alguma relva e empedradado granítico, com camas de dossel branco e mesas baixas adjacentes, almofadões, pequeno balcão.

Com vista para este pátio, a sala principal e a sala VIP: a primeira, toda espaço de dança, a segunda toda espaço de estar. Esta tem um certo ar de sala de fumo de clube do século passado (com um piano velho a receber uma fotografia de Che Guevara, charuto na boca e cabelo curto), com bar e espaço para sentar; a outra é toda ela pista de dança e icónica: veja-se a parede-santuário, várias imagens de santos em caixas de luz (azul, verde, laranja, vermelho...) e o enorme balcão (pesado, com painéis trabalhados, tachas douradas e tampo de mármore) a condizer com a estante, tipo mercearia antiga, que cobre a parede cheia de garrafas Havana Club aqui expostas como se objectos de arte fossem. E chamamos-lhe icónica porque ostenta na perfeição duas imagens de marca destes Havana Club - o santuário e o mobiliário "antigo" (nada o é, foi tudo feito à medida, como a cabina de DJ, enorme reservado entre varandim de madeira escura). É aqui o centro de toda a animação: os três DJ da casa (Emanuel, Agy e Tiago Cerqueira) revezam-se para garantir que a pista não esmoreça em nenhum dia - à quarta-feira, o house comercial reina só; à sexta-feira e sábado (o dia mais calmo) é antecedido por música cubana (apenas cubana, sem quaisquer outras intromissões latinas, sublinha André Pereira - o Prestige mais uma vez marca a diferença porque nos outros Havana Club a música é latina-festa-total) até cerca das 2h00 (hora em que começa a encher). Ocasionalmente, o sábado recebe DJ internacionais, mas sem euforias, até porque, nota André Pereira, as vezes que fizeram "não funcionou tão bem, não sentiam bem a pista".

Fora deste ponto nevrálgico, outro bar, mais pequeno, com a estante "de marca" mas o balcão, a exibir em LED as famosas fotografias de cubanas, novas e velhas, com charuto, e, sempre em espaços contíguos (mas não fechados), temos recanto delimitado com varandim de ferro para descansar, sala de bengaleiro e sala de pagamento. O mobiliário tem sempre o mesmo estilo (e inclui, por exemplo, aparadores e louceiros), as fotografias abundam (a preto e branco e a cores, de músicos cubanos - vimos Compay Segundo, Omara Portuondo, Rúben Gonzalez...), os candeeiros são de ferro ou de vidros coloridos, as velas e os espelhos abundam, as cortinas vermelhas aveludadas são frequentes.

Nome
Havana Club Prestige
Local
Porto, Porto, Rua da Alegria, 611
Telefone
912958177
Horarios
Quarta-feira, Sexta-feira e Sábado das 00:00 às 06:00
Website
http://www.havanaclubporto.com
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