Nas lojas, há sala para degustação; das lojas saem os seus produtos de maior sucesso: o hot chocolate milk (uma bola de chocolate espetada num palito gigante que derrete no leite) e as palets, lâminas de chocolates de várias cores e sabores. E os bombons são a sua imagem de marca, de mil e um sabores, incluindo os mais insuspeitos aos paladares mais convencionais - como os de piri-piri, por exemplo, que a Fugas experimentou. É uma constante, a procura de novos sabores (como o eucalipto) e de novos produtos (como o pau de canela com chocolate na extremidade para mexer o café, que será patenteado em breve). Não podia ser de outra forma. "O chocolate não é um bem de primeira necessidade", sublinha Fernanda Pereira, "logo, para vendermos temos de inovar constantemente, nos produtos e nas embalagens".
Na Casa Grande cumpre-se todo o processo do chocolate - só não se cultiva o cacau (por enquanto). Ele chega vindo de várias proveniências e é transformado no coração da fábrica, uma sala de máquinas, asséptica mas com um odor irreprimível de chocolate quente, onde a receita é da casa. A partir desta base, tudo se divide: há o chocolate que desce para a zona industrial e há o que é retirado para a cozinha. A parte industrial nunca se vai sobrepor, assegura Luciano.
É na cozinha, portanto, que o chocolate se faz arte e a Casa Grande respira a sua vocação artesanal. Hoje, Emília e Carla assumem a produção do dia - em alguns períodos, é a zona mais fervilhante, com funcionários temporários a dar resposta aos pedidos de época. No atelier espreitamos os modelos da "temporada" que se aproxima, a Páscoa, por todo o lado os sinais de São Valentim: na cozinha, bombons-corações acabados de fazer e na zona da embalagem eles estão em chupas e diversos volumes, de várias cores e recheios, a receberem embrulhos, sempre manualmente.
Na zona das encomendas prontas a partir para as lojas, já vemos packs que são caixas em forma de coração e vemos chocolates personalizados ("Adoro-te papá", a caminho de Vila do Conde) - daqui a pouco vemos Fernanda a personalizar azulejos para o Dia dos Namorados: com uma bisnaga de papel vai escrevendo, mão firme e tendinite à vista, "és especial" ou "amo-te". Noutra bancada, Carla faz o tempero manual (há também uma máquina, em constante rotação, que é como uma fonte de chocolate) com duas espátulas e um constante vaivém para "cristalizar o chocolate", explica. Carla havia estado antes a cobrir bombons de muscadine feitos de manhã. "Ter chocolate fresco é diferente", comenta Luciano Barroso depois de provarmos directamente do tabuleiro - essa é a experiência que proporcionam nas suas lojas.
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A Casa Grande tem lojas próprias em Barcelos, Braga, Coimbra, Gaia-Arcozelo e Vila do Conde
- Nome
- Casa Grande Chocolatier
- Local
- Vila Nova de Famalicão, Ribeirão, Rua São João, Lugar dos Curros
- Telefone
- 252415252
- Website
- www.casagrande.pt