O atrelado do Jardim dos Jerónimos estava há 25 anos fora dos carris. Bernardo Delgado, gestor da empresa Bananacafe, andava a passear por Belém (à procura de uma loja) quando o viu. Despediu-se do seu emprego como consultor, estabeleceu uma parceria com a Carris e, dois anos depois, o famoso eléctrico voltou à marcha.
Com sucessivos atrasos burocráticos na bagagem, e enquanto o eléctrico ia ganhando nova aparência, Bernardo Delgado inaugurou quatro espaços em Lisboa, os Quiosques Liberdade e o restaurante e lounge bar Ministerium, no Terreiro do Paço.
O plano de restauro do atrelado nº 173, construído na década de 50, foi desenhado pelo atelier RRJ Arquitectos e teve como objectivo último preservar a estrutura original do eléctrico. "A nossa missão será sempre pegar em peças chave que fazem parte da história da cidade e do imaginário dos lisboetas e recuperá-las para as devolver a Lisboa renovadas e transformadas em espaços Bananacafe”, refere Bernardo Delgado.
A localização do novo espaço parece ter sido desenhada para responder às ambições da marca. Entre os pastéis de Belém e o Mosteiro dos Jerónimos, o Eléctrico aparece para promover a gastronomia, a cultura e a interacção entre os lisboetas e os turistas que visitam a capital.
O eléctrico, que agora é uma montra colorida, trouxe um ambiente descontraído e divertido ao jardim dos Jerónimos. Os 200m2 de esplanada, com sombras oferecidas pelas oliveiras centenárias e por toldos, tem capacidade para 120 pessoas - e para mais algumas que aproveitem os canteiros para se sentar.
Na esplanada, há quem tenha lugar cativo. Da parceria que Bernardo Delgado estabeleceu com a Carris saiu uma condicionante, o espaço tinha de continuar a servir como posto de rendição do pessoal tripulante da empresa. Assim, se for ao Eléctrico por volta da hora de almoço, é muito provável que encontre uma mesa cheia de motoristas da Carris, natural e perfeitamente enquadrados no ambiente.
Menu sobre carris
Tanto ao almoço como ao jantar, empadas, tostas e saladas fazem o menu. As saladas são todas elas de inspiração lisboeta. A salada Belém (com maçã, queijo feta e nozes) ou a salada Chiado (de salmão, pepino e ovo cozido) são as mais originais e, com tantas cores, parecem querer chamar o Verão nos dias menos quentes.
Na nossa visita, optámos por experimentar um dos pratos mais conhecidos do Bananacafe, a empada de camarão com arroz e side salad. Como era hora de almoço pedimos uma empada XL (160gr). Há para todos os gostos mas, entre as mais sugestivas, estão a de alheira, requeijão e espinafres e vitela. Se a fome não aperta, pode optar por uma mini empada (de 100gr) e por um dos smoothies disponíveis, sempre feitos com fruta da época e semaçúcar.
Como sobremesa, provámos o que faz lembrar um pequeno-almoço. Não que ainda estivéssemos com fome mas o “Bom Dia” pareceu-nos irresistível. Uma taça de bolacha com iogurte grego, banana, morango e muesli.
Durante o almoço, Bernardo Delgado sublinhou que quer que os seus espaços se diferenciem mais pela qualidade do que pelo preço. O nosso almoço, que junta ao prato principal sumo de fruta e café, custou 7,5€. As saladas têm um preço fixo de 4,5€ e o “Bom Dia” de 2,5€.
- Nome
- Eléctrico BananaCafe
- Local
- Lisboa, Santa Maria de Belém, Jardim dos Jerónimos, Belém
- Telefone
- 0
- Horarios
- Todos os dias das 09:00 às 02:00
- Website
- http://www.facebook.com/bananacafe.lisboa