A nova estação do Cais do Sodré, em Lisboa, é um 3-em-1: o Station propõe bar, clube e restaurante num armazém remodelado.
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O Station, no Cais do Sodré, em Lisboa, abriu a 19 de Dezembro. Era o Bar do Rio, mas agora o conceito mudou e inclui não só bar e clube, mas também restaurante. O armazém em tijolo, de ambiente industrial e vista para o rio, é para gente crescida, que quer jantar fora, usufruir dos encantos do Tejo e prolongar a refeição com um copo, dois dedos de conversa e um pé de dança. É um espaço com dois pisos, mas cosy, que cruza os sabores asiáticos e a música. É simultaneamente um digestivo, para depois de jantar, e um aperitivo antes da discoteca.
“Junta restaurante, bar e clube. Já tenho o espaço há muito tempo, desde 2008, e tenho vindo a apurar o conceito. Achei que seria interessante ter um espaço num horário entre jantar e quem sai à noite até mais tarde. Havia aqui uma lacuna na noite”, conta o proprietário, o DJ Tó Ricciardi, frisando que o conceito do antigo Bar do Rio era “totalmente diferente”. “Era só um bar, uma discoteca. Agora fez-se a remodelação, está uma estrutura totalmente diferente, uma obra grande. Juntámos o restaurante em baixo com esplanada, o que faz sentido, para aproveitarmos também o dia, e temos o clube em cima para quem quer dançar um bocadinho, mas não se quer deitar muito tarde”, explica.
A ideia é que quem não gosta de se deitar muito tarde tenha agora um sítio onde possa beber um copo, ouvir música e até dançar um pouco ou, então, para quem ainda quer ir até a uma discoteca mas precisa de um espaço intermédio e afastado da confusão para usufruir até serem horas de rumar a outras paragens.
Apesar de o clube estar aberto até às seis da manhã entre quinta e sábado, o Station não é uma discoteca. O apelo do bar/clube é para relaxar, provar um cocktail, conversar um pouco e também dançar, se a pessoa quiser: “Mas não é uma discoteca, o conceito de discoteca não tem nada a ver com isto. Aqui é o prolongamento do jantar, é a transição entre o jantar e a discoteca”, sublinha o proprietário.
Tó Ricciardi viveu muitos anos fora e concluiu que os portugueses fazem horários muito tardios no que toca à noite: “Sempre achei que podia haver algo no meio, entre o jantar e a discoteca. Os portugueses saem muito tarde. Vivi muitos anos fora, em Londres e no Brasil, e, por exemplo, em Londres as pessoas saem muito cedo. À meia-noite já está tudo na festa e às duas, três da manhã está tudo a ir para casa dormir”, conta.
O proprietário garante que não definiu à partida um público-alvo para o projecto, mas tem consciência que é mais apetecível para pessoas a partir dos 30 anos. É um ambiente calmo, pouco confuso, longe da agitação dos bares abertos para a rua, no Cais do Sodré: “É uma zona privilegiada, tem esta vista para o rio. Depois está no Cais do Sodré, mas não está no meio da confusão, também tem ar”, nota.
É o próprio Tó Ricciardi quem faz a programação musical: às quintas-feiras, a noite é mais funky e disco, às sextas os sons passam pelo clubbing e pela electrónica e no sábado há uma mistura de sonoridades. Para já, para além de convidados nacionais, haverá um DJ internacional no último fim-de-semana do mês: “Temos um convidado internacional por mês, tentaremos depois ter uma programação internacional com mais convidados mensalmente, mas para já temos um”, garante.
O Station tem dois pisos: em baixo fica o restaurante; em cima, o bar/clube. No clube, há uma pista de dança e uma zona lounge, com mesas e sofás onde se pode conversar: “No fundo, as pessoas podem dançar, mas têm uma zona aqui onde também podem conversar, mesmo com o som mais alto”, diz Tó Ricciardi, frisando que o espaço foi tratado acusticamente para “até no meio da pista” se conseguir “conversar perfeitamente e sentir o som”.
Para já, o restaurante está só aberto ao jantar, de quarta a domingo, mas a ideia é, quando o tempo ficar melhor, abrir a esplanada e servir almoços: “A partir de Março vamos abrir para almoços, com esplanada”, garante Tó Ricciardi. O restaurante, de inspiração asiática, tem food design e consultoria gastronómica da chef Leonor Manita. Apresenta uma fusão de sabores asiáticos: tailandeses, vietnamitas, e japoneses.
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Preços
Variam consoante o prato. Por exemplo, as entradas podem oscilar entre os 2,80€ (sopa miso) e os 10€ (carpaccio de novilho braseado com soja, sésamo e azeite de trufa). Quanto aos pratos, podem variar entre os 11€ (yaki udon/yaki soba de vegetais) e os 19€ (lombo de novilho com molho teriaky acompanhado de arroz e salada). As sobremesas podem passar, entre outras, por um gelado de chá verde, sésamo ou da estação (5€) ou bolo de chocolate com bola de gelado (7,50€). Há inúmeras bebidas no menu: uma caipirinha custa 9€; um mojito 10€.
Nome
Station
Local
Lisboa, São Paulo, Cais do Sodré, Armazém A, Porta 7
Telefone
210116546
Horarios
Quinta a Sábado das 23:00 às 06:00
Domingo, Quarta-feira, Quinta-feira, Sexta-feira e Sábado das 20:00 às 00:00