Fugas - restaurantes e bares

  • Confeitaria Colombo
    Confeitaria Colombo Nelson Garrido
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O Rio que não saiu do século XIX

“Lebrão foi um génio comercial com uma mente décadas, ou talvez séculos, à frente dos outros”, continua Renato Freire. Trouxe de Portugal diversos empregados e fez com que alguns deles tivessem participação nos lucros. “A Colombo de 1900 dava férias para os empregados, e isso é coisa que no Brasil só foi vista 60 anos depois.” Além disso, o português quis que a sua casa tivesse “do melhor que existia no mundo: os talheres eram de prata Christofle, a louça ou era Vista Alegre ou Limoges, as toalhas de linho vinham de Inglaterra”. Os cardápios, claro, eram escritos em francês. Aliás, diz o chef, rindo, “comia-se comida brasileira ou portuguesa mas sempre com nome em francês, não era chique na alta gastronomia você chamar um prato pelo nome que ele tinha — uma carne assada é muito diferente de um bife bourguignon”. 

E não se pense que estamos a falar de um simples salão de chá. “Apesar de se chamar confeitaria, a casa era um complexo gastronómico. Sempre teve restaurante, teve durante mais de sete décadas o mais importante serviço de catering do Brasil, as grandes festas que aconteciam eram sempre feitas pela Colombo, até à década de 1940, quando entrou em cena o Copacabana Palace e começou a disputar esse mercado mais sofisticado. Mesmo assim, durante décadas, a Colombo continuou a ter o mais importante serviço de banquetes. Você podia chegar de manhã e pedir um banquete para 500 pessoas e ela tinha capacidade para o fazer [são quatro andares de cozinhas especializadas]. Nunca se dizia que não ao cliente — para Lebrão, o cliente tinha sempre razão.”

Assumir uma herança como esta não é uma tarefa fácil. Renato Freire foi convidado para a Colombo em 2000. “Na época, a casa assava um problema sério de décadas, que aliás o próprio Rio passou nas décadas de 1980 e 90. A Colombo já era uma casa triste, com uma parte fechada, mal iluminada. Os custos eram altos e começou-se a cortar nos produtos, que eram o grande diferencial aqui. Quando eu vim para cá, já a conhecia muito bem, tinha estudado a história dos banquetes”, conta este engenheiro químico apaixonado por gastronomia.

“Quando me convidaram para fazer uma renovação, para mim foi um marco. O que procurámos foi reviver produtos antigos que tinham deixado de se produzir. Sempre achei que o mais importante da Colombo é a tradição. Não podíamos jogar essa tradição fora e ficar correndo atrás de modismos de gastronomia.” Assim, Renato pegou nos bolos que sempre tinham feito o sucesso da casa, receitas portuguesas, francesas, e voltou a fazê-los, alguns no modelo clássico, outros com um toque brasileiro, usando por exemplo frutas da Amazónia que antes eram pouco utilizadas. Manteve o grande sucesso que é o pastel de nata, mas criou uma versão a que chamou quindim de camisola, que é feita com a massa do pastel de nata e o recheio do quindim — e que não só agradou como chegou a ganhar o prémio do melhor doce da cidade. Na altura da Copa das Confederações apresentou outra invenção: o pastel de caipirinha, também inspirado no de nata, mas com um recheio de lima e cachaça.

Nome
Confeitaria Colombo
Local
Estrangeiro, Brasil, Rua Gonçalves Dias, 32 (Centro) - Rio de Janeiro
Telefone
21 25051500
Horarios
Segunda-feira, Terça-feira, Quarta-feira, Quinta-feira e Sexta-feira das 09:00 às 20:00
e Sábado das 09:00 às 17:00
Website
http://www.confeitariacolombo.com.br/
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