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Let’s Dance, pede o novo bar da Baixa do Porto

Por Ana Maria Henriques ,

A terceira casa da família Champanheria é assumidamente nocturna e ocupa um espaço minimalista marcado pelo vermelho. O novo clube de dança da Baixa do Porto chama-se Champ’s Red e a pista vai abrir cedo.

As ombreiras da porta e os caixilhos das janelas podem ser escuros, mas as paredes e o tecto que espreitam para a Rua das Galerias de Paris não enganam: a Champ’s Red é aqui, no número 103, no centro do Porto. E a cor dominante é — adivinharam — o vermelho. Portas, tecto, chão, balcão de bar, casas de banho, muitas das bebidas e um néon à entrada. A música é de dança, a bola de espelhos dá a dica. É o “vermelho à Porto”, brinca Rui Botelho, um dos proprietários deste novo bar da Baixa da cidade.

O espaço é minimalista, sem mesas ou bancos, o balcão de plástico vermelho centrado e, na parede do fundo, outro néon: Let’s Dance. As referências a David Bowie não se ficam por aqui, não quisesse Bruno Gomes, o outro dono, um ambiente a piscar o olho ao “saudosismo e ao vintage”. A dance music e o aspecto monocromático e despido concordam. Ao Red vai quem quer dançar sem ter que fazer tempo até de madrugada. De quinta-feira a sábado, o clube está aberto a partir das 23h, logo com um DJ a ocupar um balcão espelhado.

Depois da Champanheria da Baixa e da Champanheria Bistrô, Bruno e Rui quiseram apostar num espaço assumidamente nocturno, de portas abertas até às quatro horas. “Queríamos uma terceira casa, diferente dos outros projectos”, explica o segundo. “A ideia era abrir um clube para se vir cedo. As pessoas querem acabar de jantar e ter um sítio para dançar logo a seguir, sem ter de esperar pelas três da manhã”, acrescenta Rodrigo Affreixo, o responsável pela comunicação e pela curadoria musical do Red. Esta característica pode “captar um público mais maduro”, que não se revê em muitas das opções que a Rua das Galerias de Paris oferece. A estes juntam-se ainda os turistas que preferem explorar a noite do Porto mais cedo do que os locais.

Disco e house é aquilo que se pode esperar em termos de música, com algumas variantes. Nas noites de quinta-feira, Rodrigo pensou numa linha “um bocadinho mais clássica e vintage, de soul e funk”; já os fins-de-semana são preenchidos com “deep house e new disco”. “Música de dança, sim, mas sem ser demasiado puxada ou ir ao techno”, resume o ex-jornalista. Cada DJ tem cinco horas “para pôr o que lhe apetecer” e mostrar o seu trabalho sem pressas. Sininho, João Tenreiro e Francisco Coelho são três dos DJ com residências apontadas no Red.

Na carta de bebidas não poderiam faltar as já muito conhecidas sangrias com a assinatura Champanheria: de espumante (5€), tropical (7,50€), de Porto (7,50€) ou Clicquot (20€). O bar centrado funciona como um ponto de fuga do espaço, estreito e comprido como é tradicional dos edifícios desta zona da cidade. E o projecto arquitectónico de José Lima Barbosa quis tirar partido disso mesmo, depois de ter percebido aquilo que os proprietários queriam: “Uma coisa marcante, em vermelho.” Às paredes e ao tecto da pista de dança, o arquitecto juntou madeiras recicladas. “Pedaços de portas e toros de madeira” foram montados já no Red, como um puzzle, “para dar uma dinâmica ao espaço e cortar o resto do vermelho, que é muito plástico”.

Nome
Champ’s Red
Local
Porto, Porto, Rua das Galerias de Paris, 103
Telefone
0
Horarios
e
Website
www.facebook.com/pg/champsdabaixared
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