Aquele que é, provavelmente, o mais sóbrio dos hotéis de cinco estrelas da capital continua a fazer dessa qualidade uma mais-valia. Ao longo dos seus pisos, passando pelo restaurante térreo ou pelo spa e piscina subterrâneos, mantém uma certa elegância ponderada erigida em redor da temática global desta unidade hoteleira a dois passos da Avenida da Liberdade: a cidade de Lisboa, que, andar a andar, se vai apresentando em imagens de outras eras. Vintage e Lisboa, portanto, respeitando integralmente o nome de baptismo. E, assim que o Verão se sente no ar, todo esse conceito culmina ao ar livre no topo do edifício. Abre-se a Varanda do Castelo, um terracinho que faz deste “inho” uma das suas atracções maiores, tornando-se ideal para quem procura um recanto-postal com serviço cinco estrelas.
Esqueça as festas, DJ e animações dos bares-terraço que se espalham pelo centro da cidade. É que aqui nem há espaço para tal (também muito por causa disso, os preços são muito mais em conta do que é habitual nestes locais). Bem contadas, cabem pouco mais de duas dezenas de pessoas. Pelo meio, o terraço, em tons claro-escuro neutros, é ocupado por dois sofás, três mesas para quatro convivas e mais quatro mesas de pé alto — uma delas, na pontinha do terraço, permite até uma quase sensação de se estar a pairar.
De um lado, o espaço fecha-se no balcão de bar, artilhado para todo o serviço e complementado com o bar-restaurante lá em baixo. Dos outros lados, não se fecha de modo algum: para além da transparência do muro de vidro, é campo aberto pelos céus para o tão desejado postal ilustrado alfacinha que enche o olho a tanta gente; da Graça ao Castelo, percorrendo-se o casario e o centro até ao rio.
É um bar “desafogado e não tão massificado quanto outros bares similares”, diz-nos o director do hotel, Nuno Leandro, enquanto ao fundo se vão ouvindo os sons da banda sonora chill out que preenche as tardes e noites. Porque, de facto, basta esta “vista fantástica para torná-lo especial”, sublinha. E não há planos para “massificá-lo” mais, garante. “Sendo pequeno, quem vem aqui deseja estar num ambiente tranquilo, beber um cocktail ou um copo de vinho ao fim de tarde, apreciar a vista”. “Less is more”, já dizia aquela contrabalançada lei poética.
Mas, como em toda a regra, há uma excepção: um plasma para acompanhar grandes eventos desportivos. “Depois do Mundial, quem quiser pode vir ver os jogos das várias ligas. E cada vez temos mais clientes que trabalham ou residem na zona.” Uma forma de tornar mais local um hotel em que a grande maioria dos hóspedes são estrangeiros.
Para acompanhar o postal lisboeta, o hotel tem à disposição uma carta variada de bebidas, com destaque para cartas dedicadas exclusivamente aos vinhos portugueses, com muitas propostas a copo, e ao gin, com uma dúzia de propostas. Não faltam espumantes, champanhes e sangrias e, pelo lado dos cocktails, conta-se também uma dúzia de clássicos — mas a caipirinha e a caipiroska são mesmo as rainhas do Verão.
Além de petiscos e snacks vários (uma longa lista que passa por tostas, sandes, pregos, hambúrgueres ou saladas e muito mais), há também a opção de aproveitar o cenário varanda para jantares completos (uma boa ideia para um jantar íntimo), graças à carta farta do restaurante Vintage.
- Nome
- Varanda do Castelo
- Local
- Lisboa, São Mamede, Rua Rodrigo da Fonseca, 2 (Varanda do Castelo no Vintage Lisboa Hotel)
- Telefone
- 210405400
- Horarios
- Todos os dias das 17:00 às 01:00
- Website
- http://www.cshotelsandresorts.com/