Comece-se pelas entradas, que constam de pataniscas de presunto, pimentos de padron, favas guisadas com chouriça, fígado de bacalhau fumado, polvo à galega ou com molho verde e melão com presunto, com preços que variam entre 1,5 e os seis euros. Além dos presuntos, nas variantes ibérico e serrano, o capítulo entradeiro inclui ainda três enchidos (moura, chouriça e salpicão) e sete variedades de queijo (cabra, ovelha transmontana, serra da Estrela, amarelo da Beira Baixa, picante da serra da Gardunha, terrincho e manchego), com preços de 3,5 a seis euros ou de dois a 3,5 euros, consoante se trate de dose completa ou meia dose. Excepção para o presunto ibérico, cujo preço estica para 15 ou oito euros, respectivamente.
Longe do espírito museológico, como se vê, e com louvável abrangência, diversidade e também qualidade, como pudemos atestar. Para quatro manducadores com declarada vontade de provar, a escolha ficou ao critério do serviço. Presunto para começar, como não poderia deixar de ser. Rosado e brilhante, carne bem entremeada com a gordura a dar equilíbrio à textura e palato. Muito bom e muito bem cortado em finas lâminas, o que é, também, sempre muito importante. Estamos, de facto, em casa de presuntos, ou não nos deparássemos logo com eles à entrada, pendurados sobre o balcão por onde se acede à sala refeiçoeira.
Seguiram-se umas fatias quadradas de mílharas de bacalhau, a tender para o seco mas com o complemento de azeite de manjericão e chalotas a equilibrarem muito bem os sabores. Muito boa surpresa o fígado de bacalhau que se seguiu. Pedacinhos, tipo farrapo, bem misturados com pimento (verde e vermelho) e cebola num picadinho miúdo, azeite e um tudo-nada de vinagre balsâmico. Petisco interessante, muito saboroso e equilibrado de sabores.
Igualmente muito bem amanhadas as fatias de perna de borrego (tiradas ao estilo do presunto), que parecem tudo mesmo aquilo que realmente são. A peça, como nos explicaram, amacia primeiro numa marinada onde pontuam as ervas aromáticas e bom vinho tinto, passa em seguida muito lentamente pelo forno e estagia depois em vácuo. Macia, saborosa e com um fim de boca a salpicão. É mesmo um petisco.
No que respeita aos peixes, as propostas deste museu que não o é passam por duas açordas (de bacalhau ou de polvo), espetada de gambas, bacalhau (à museu e cozido com todos) e ainda um arroz de línguas do mesmo, com doses entre 10 e 15 euros e meias-doses de sete a dez. Dependendo da oferta diária do mercado, há também peixes frescos que no dia se resumiam a umas petingas com arroz de feijão.
- Nome
- Restaurante Museu dos Presuntos
- Local
- Vila Real, São Pedro, Avenida Cidade Ourense, 43
- Telefone
- 259326017
- Horarios
- Segunda a Sábado das 12:30 às 14:30 e das 19:30 às 22:00
- Preço
- 15€
- Cozinha
- Transmontana
- Espaço para fumadores
- Não