Fugas - restaurantes e bares

Continuação: página 2 de 2

O novo fado da Adega Machado

"Queremos apostar na nova geração de fadistas, com grandes intérpretes", resume, realçando que o que se pretende são "noites de sentimentos à flor da pele", entre "os fados tradicionais, os musicados ou dos reportórios de cada artista". E talvez uma ou outra noite temática, "convidando alguns notáveis", exemplificando com a figura que muito gostaria de ali ver - e com quem canta num dos seus discos -, Carlos do Carmo. E também, uma ou noite por outra, é garantida a presença de mais uma ligação realmente amaliana: Celeste Rodrigues - a irmã da diva continua, quase aos 90 anos, a erigir o seu histórico fado. "Existe uma cidade em cada esquina / e cada esquina guarda algum segredo", vai-nos cantando Marco.

A adega, embora esperando uma natural grande maioria de turistas, não quer é ser uma "casa para turistas", sublinha o fadista, realçando que "há um aumento de portugueses". Porém, "seria impensável que as casas de fado tradicionais sobrevivessem sem turistas. Há um elenco profissional, uma grande equipa, e isso tem custos".


Fado comido
A cozinha é chefiada pelo brasileiro Alex Gregório. Natural de Minas Gerais, há mais de uma década em Portugal, também chefia o Luso. A sua "costela portuguesa" permite-lhe reinventar a gastronomia do fado na "cozinha vinte estrelas" deste "restaurante contemporâneo", como já nos tinha dito Ferreira Borges. Espere-se uma "cozinha de fusão". "Tentamos preservar a gastronomia portuguesa. Pegamos um prato e utilizamos novas técnicas de confecção, damos um toque de autor", explica-nos o chefe. Exemplos desta união, podem ser o "quase exótico" Medalhão de garoupa com camarão salteado em caramelo e espuma de batata doce, ou o Lombinho de bacalhau seco confitado em azeite com migas de coentros e broa de milho e coulis de coentros.

Fado das contas
É voz corrente que ir a uma casa de fado profissional não é coisa barata. E a Adega Machado não contradiz a sabedoria popular, até porque se posiciona num segmento elevado. Não existindo taxa de espectáculo (usada noutras casas), se optar por jantar, conte com algo entre 50 e 75€: os pratos principais custam 31/34€, as sobremesas 15/17€. Na ementa assinala-se ainda que "a divisão de um prato principal por duas pessoas implica o suplemento de €10". Já o couvert é cortesia. Como exemplo, um café fica por 3,50€, um sumo de laranja natural custa 9€, o mesmo preço mínimo no bar para um aperitivo, whisky ou cocktail. Uma cerveja ou copo de vinho fica por 7€, a tradicional sangria por 17€ (para uma pessoa, para duas custa 27€) e um cocktail custa 13€. Na área de petiscos (com carta final ainda a ser ultimada), o preço é 17€ (valor tanto para um chouriço assado como para um prego do lombo ou prato de queijos).    

Preços: Consumo mínimo €27 (após 22h30 - €17). Jantar: custo médio de 50€ a 75€ (entradas entre 19€ e 21€, pratos principais desde 31/34€, sobremesas 15/17€) 

Nome
Adega Machado
Local
Lisboa, Encarnação, Rua do Norte, 91
Telefone
213224640
Horarios
Terça a Domingo das 20:00 às 03:00
Website
http://www.adegamachado.pt
Cozinha
Portuguesa
Espaço para fumadores
Não
--%>