Fugas - viagens

  • Adriano Miranda
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O wow factor do Celebrity Reflection

Relva e Apple

Há algo de estranhamente reconfortante em estar num convés de navio envolto em mantas que nos protegem do frio que corta dias ensolarados. São centenas, cuidadosamente empilhadas, as que encontramos em vários pontos do deck 15 do Celebrity Reflection. Gostaríamos de nos embrulhar numa, sentarmo-nos numa das centenas de espreguiçadeiras que por aqui se espalham; ou então assentar arraiais numa das "alcovas" que, ao estilo de pequenas cabanas de madeira e lona (com direito a refeição saída de cesto de piquenique), estão viradas ao relvado central. Estamos em território do The Lawn Club, a fingir country club, e já falámos do nosso fascínio por este pedaço de relva natural que viaja pelo mar e que aqui se prolonga pelas laterais do navio em campos de jogos - críquete, bocce, por exemplo - para terminar no Sunset Bar, decoração oriental com cores quentes e tecidos brilhantes e a melhor vista possível.

Ainda com os pés na relva, voltamos ao centro que é a encruzilhada desta área do navio: alberga uma cadeira em tamanho gigantesco que certamente será cenário de muitos postais do navio - há fila para fotografias... -, nas suas margens o Lawn Club Grill, um dos mais originais restaurantes da frota Celebrity, já que permite fazer o nosso próprio churrasco, devidamente assistido por um dos chefs. As mãos na massa são também um requerimento no vizinho Art Studio, e as artes culinárias também entram - aqui, há aulas de cozinha e de mixologia, de pintura e desenho, por exemplo, sempre acompanhadas por peritos.

As mãos também são necessárias para voar em teclados ou deslizar em monitores no iLounge, mas aí já estamos nas entranhas do Reflection. O universo Apple vive neste canto, onde se pode navegar na Internet e experimentar produtos com a presença tutelar de um especialista - além de comprá-los, no que é o primeiro revendedor autorizado em alto mar.

Da solidão à multidão

É feito de pormenores, este navio, em que num momento estamos no meio de festa e no outro isolados do mundo. E nem precisamos de subir ao último convés, ao 16 (na verdade é o 15 - o 13 "não" existe, é o deck do azar), que só existe numa pequena porção e como um ninho de águia permite algum recato a pairar sobre todo o navio. Ninho mais literal encontramos no The Hideaway, interior, onde casulos de vime devidamente acolchoados proporcionam refúgio, quase como se estivéssemos numa casa de árvore. E árvore é o que se encontra no pé direito do Grand Foyer:  sobe até ao topo do navio, está suspensa num "vaso" tentacular, que sob ele faz nascer a sua réplica.

Sabemos como funcionam os cruzeiros e, por isso, sabemos que, dependendo das horas, os sítios mais improváveis poderão proporcionar atmosfera de mais recolhimento. Contudo, não temos ilusões: diversão e socialização são quem mais ordena e qualquer hora é boa para o fazer. A piscina é o centro nevrálgico de tudo durante o dia - desta vez, ganha o solário mas por evidentes limitações climatéricas. No entanto, não faltam esforços para animar a zona que tem não uma, mas duas piscinas e jacuzzis de cada lado: o embarque ainda não terminou e já há uma banda a tocar, com meia dúzia de pessoas a dançar em frente - são todos membros da tripulação, que os passageiros preferem sentar-se nos bares com vista para o cenário.

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