Fugas - viagens

  • Adriano Miranda
  • Adriano Miranda
  • Adriano Miranda
  • Adriano Miranda
  • Adriano Miranda
  • Adriano Miranda
  • Adriano Miranda
  • Adriano Miranda
  • Adriano Miranda
  • Adriano Miranda
  • Adriano Miranda
  • Adriano Miranda
  • Adriano Miranda
  • Adriano Miranda
  • Adriano Miranda
  • Adriano Miranda
  • Adriano Miranda
  • Adriano Miranda
  • Adriano Miranda
  • Adriano Miranda

Continuação: página 3 de 4

O wow factor do Celebrity Reflection

No solário, então, entre piscina, cascatas, paredes de plantas, recantos e filas de espreguiçadeiras. Num dos jacuzzis, Jacky Aldred e Amy Nuttal, há 20 minutos a usufruir das benesses da água quente. São agentes de viagens, vêm de Inglaterra e não são novatas nos cruzeiros. Neste, destacam a "atenção aos detalhes" e "the wow factor". Como? "Everywhere you go, it's like ‘wow'". Daí a pouco vão explorar o spa, aqui na órbita do solário, e anseiam, sobretudo, pelo Persian Garden, que não é novidade, mas aqui surge em versão mais alargada (ver caixa). Estão aqui para ser mimadas, claro. E há quem esteja aqui sem dispensar o exercício diário. No ginásio, vasto espaço onde o cheiro a novo ainda é forte, vêem-se alguns utentes - um corre virado ao mar; outra pedala e outra ergue pesos, cada um no seu universo fechado por auscultadores (há salas pequenas, com equipamento estranho, e anunciam-se seminários: Detox for energy, Health & weight loss...); no campo de basquetebol há quem se dedique a jogos mais ou menos aguerridos.

 

Diversão para todos
Se o cheiro a novo ainda está entranhado um pouco por todo o navio, não há locais onde o está mais do que nos dedicados às crianças. Como neste cruzeiro não vieram crianças, a Fun Factory está imaculada, um cenário montado à espera dos actores. Percorremo-la, por isso, em silêncio, entre vários espaços bem demarcados, como se de um labirinto se tratasse, entre consolas, jogos de mesa, matraquilhos e muito espaço para actividades em grupo acompanhadas por monitores. Os adolescentes não são esquecidos, mas aí as exigências são outras: a Arcade já está iluminada, com todas as máquinas ligadas, mas o ruído característico dos jogos ainda não a enche; e o XClub está, por enquanto, transformado em sala de jornalistas, mas na "vida real" é uma discoteca e um café para menores de 18 anos.

Para maiores de 18 anos, a discoteca é no Sky Lounge - de dia, é bar panorâmico, um vasto oásis de tranquilidade inundado de luz; à noite, a música não se cansa de acompanhar o ritmo de luzes multicoloridas. Mas o lazer aqui pode ser infindável: o casino é literalmente inescapável, para quem percorre o deck 4 uma vez que ele ocupa porção substancial da zona entre a proa - onde está o teatro, por exemplo - e a popa, onde está a sala de refeições principal; os bares sucedem-se; os restaurantes permitem uma viagem de sabores bem mais vasta do que a literal. Aqui, sublinhe-se algo que as brochuras dos cruzeiros nunca deixam de assinalar: todos os consumos nestes bares e restaurantes não estão incluídos no preço do cruzeiro - são pagos à parte. Incluídas estão as refeições na sala de jantar principal e no Ocean View Café, onde, entre decoração leve e colorida, diversas ilhas oferecem um buffett permanente que pode incluir de sushi a pizzas e pastas, carnes diversas e algum peixe e tudo o mais pelo meio.

Aos restaurantes, portanto: nós experimentamos o Blu, o restaurante exclusivo dos viajantes em Aqua Class e que oferece o que aqui designam de "cozinha limpa", um menu de influências mediterrânicas e tentações saudáveis, onde a dourada surge lado a lado com o mais suculento bife; ficaram inúmeros de fora, desde o elegante Murano  ao Qsine, apresentado como o mais singular de todos (desde os menus, que chegam em iPad com descrições exaustivas, aos pratos em si, oriundos de várias tradições gastronómicas mas apresentados em abordagens inesperadas). Se os restaurantes são eclécticos, os bares surpreendem nos contrastes que oferecem entre eles - por exemplo, no deck 4 temos de um lado o Martini Bar em visual futurista "gelado", com um canto reservado ao Crush, que, com uma mesa apenas, se dedica à melhor vodka e caviar; e do outro o Cellar Masters, que nos transporta para um universo tradicional de pedra e madeira onde o vinho é santo-e-senha; no Michael's Club viaja-se pelas cervejas artesanais e no Pool & Mast Bars dá-se a volta aos cocktails; no Ensemble Lounge ouve-se jazz ao vivo, no Sunset Bar pop e folk.

--%>