Fugas - dicas dos leitores

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    Pelos socalcos. Pinhão, Quinta do Noval. Adriano Miranda
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    Miranda do Douro, barco de turismo ecológico Nelson Garrido
  • Miranda do Douro, Bemposta. (o pescador conhecido por Escalico, que entrou no filme
    Miranda do Douro, Bemposta. (o pescador conhecido por Escalico, que entrou no filme "Trás os Montes" de António Reis e Margarida Cordeiro, de 1976. Nelson Garrido
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O prazer de voltar ao Douro

Por Augusto Küttner de Magalhães

Conta-se aqui uma viagem - de automóvel -, com regresso no mesmo dia, do Porto à Régua, com extensão até ao Pinhão.

A dada altura começa o carro a deixar-nos ver o rio, o Douro, e a sentir-se os vinhedos.

Entramos na Régua - Peso da Régua -, que finalmente deixou de estar em obras. Parece melhor, esperemos que não se tenha endividado em demasia. Num extremo oposto, passando a estação da CP, vê-se o que souberam recuperar bem: uma ponte pedonal, pensada tem décadas para ser a ligação para a outra margem e fazer chegar o comboio a Lamego, o que nunca aconteceu, tornou-se finalmente útil.

O rio próximo a cada momento; o Museu do Douro, a D. Antónia sempre presente.

Depois, fez-se da Régua ao Pinhão, junto ao rio, parando na barragem, aproveitando para ver a eclusa a ganhar nível de água para ser usada, ultrapassada, seja por barcos a subir ou a descer o Douro. Interessante, calmo: a água, os barcos, as pessoas.

Continua-se lentamente à beira-rio, até ao Pinhão. Conseguimos absorver a calma que a água do Douro nos traz numa zona onde começa a não ter margens "tratadas" pelos humanos. Estragadas? Talvez. Mas ainda naturais.

Prossegue-se a sentir as vinhas, o Douro, e eis-nos chegados ao Pinhão. Aproveitamos para passear junto ao rio, a pé. Fim de tarde, calma, com "ainda" muito sol. Umas duas pessoas a pescar - não será pelo pescado, mas talvez pela calma.

Regressar ao fim do dia, retomando a estrada junto ao rio. Sem termos que falar, bastando olharmo-nos, mesmo nos sessentas. Não pensamos muito, deixamo-nos enlevar na paisagem, na calma do rio. O Douro, o Vinho do Porto, as vinhas, a natureza - não pensamos em política, em políticos, em défice, na troika, em nada. Olhamos o tempo, a natureza. Com calma.

No regresso, (re)passamos a Régua. Oito da noite, final de Agosto de 2012. De repente não anda ninguém nas ruas. Que sossego! Que silêncio agradável. O rio, os barcos! Esta imagem, esta "marca", deveria vender-se bem melhor: cá dentro, lá fora.

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