Fugas - hotéis

  • Faena Miami Beach - vista de uma suíte
    Faena Miami Beach - vista de uma suíte
  • Faena Miami Beach
    Faena Miami Beach
  • Faena Miami Beach - Gone but not Forgotten de Damien Hirst, o esqueleto de um mamute coberto em ouro de 24 quilates dentro de uma monumental vitrine, pertencente a Len Blavatnik e avaliada em 18 milhões de dólares.
    Faena Miami Beach - Gone but not Forgotten de Damien Hirst, o esqueleto de um mamute coberto em ouro de 24 quilates dentro de uma monumental vitrine, pertencente a Len Blavatnik e avaliada em 18 milhões de dólares.
  • Faena Miami Beach - restaurante Pao, com o unicórnio Mith de Damien Hirst;
    Faena Miami Beach - restaurante Pao, com o unicórnio Mith de Damien Hirst;
  • Faena Miami Beach - restaurante Pao
    Faena Miami Beach - restaurante Pao
  • Faena Miami Beach
    Faena Miami Beach
  • Faena Miami Beach - La Cava
    Faena Miami Beach - La Cava
  • Faena Miami Beach - Spa, Hamman
    Faena Miami Beach - Spa, Hamman
  • Faena Miami Beach - suíte
    Faena Miami Beach - suíte
  • Faena Miami Beach - suíte
    Faena Miami Beach - suíte
  • Faena Miami Beach - suíte
    Faena Miami Beach - suíte
  • Faena Miami Beach - suíte
    Faena Miami Beach - suíte
  • Faena Miami Beach - suíte
    Faena Miami Beach - suíte
  • Faena Miami Beach - Veranda
    Faena Miami Beach - Veranda
  • Faena Miami Beach
    Faena Miami Beach
  • Faena Miami Beach - um banquete nos jardins
    Faena Miami Beach - um banquete nos jardins
  • Faena Miami Beach - a vista do quarto Skyline
    Faena Miami Beach - a vista do quarto Skyline
  • Faena Miami Beach - a praia à noite
    Faena Miami Beach - a praia à noite
  • Casa Claridges
    Casa Claridges
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Miami: Faena 'para siempre', que demasiado nunca é suficiente

Por Frederico Duarte

Depois de Buenos Aires, Alan Faena conquista Miami. O novo Faena Hotel Miami Beach é o ousado centro do seu novo bairro milionário à beira-mar, onde se vive e convive com o melhor da criatividade contemporânea.

Não houve inverno em Miami Beach como o de 1948. A brisa tropical e a água do Atlântico, mais quentes esse ano do que o costume, ajudavam a enterrar as memórias da Grande Depressão e da Segunda Guerra Mundial. A futura metade do século estava por construir. E muito se construiu esse ano na longa ilha ao largo de Miami: 19 hotéis, 2000 quartos, 1000 apartamentos. Só com mais de 100 quartos abriram o Monte Carlo, o Continental, o Surfcomber, o Sagamore, o Sorrento, o Delano, o Saxony e o Sherry-Frontenac, que com 250 quartos era o maior de todos. Mas toda a América sabia que o Saxony era o melhor.

Os 246 quartos do enorme edifício branco de 16 andares foram, como celebrava a imprensa da altura, os primeiros em Miami Beach a dispor de ar condicionado. E de interruptores eléctricos silenciosos, camas com rádio incorporado e casas de banho “tipo Hollywood” com porta-escova de dentes encastrado, além de um cacifo especial no corredor onde à noite o hóspede deixava o seu par de sapatos para de manhã o recolher já engraxado – com os cumprimentos da gerência.

As inovações no design, na tecnologia e no serviço em hotéis como o Saxony prefiguravam a chegada de um novo tipo de turista a Miami Beach: a classe média do pós-guerra, os consumidores do sonho americano. Estes novos hotéis-resort foram projectados não no idioma Art Deco daqueles construídos nos anos 1930, mas no que veio a ser chamado de MiMo, ou Miami Modern. Para os arquitectos locais praticantes desta versão mais glamorosa e ornamentada do estilo internacional de arquitectura, como Roy F. France, autor do Saxony Hotel, e o mais prolífico Morris Lapidus, demasiado nunca era o suficiente.

O Saxony devia o seu nome a George D. Sax, um self-made man que começou por trabalhar para os gangsters de Chicago nos anos vinte e morreu como um dos mais louvados empresários da banca americana em 1974. Na América não é o nome que faz o homem, mas o homem que faz o nome, e o nome de Sax manteve-se no seu hotel mesmo depois de ele o vender, em 1959. Logo a seguir, os novos donos acrescentaram mais de 100 quartos, um elevador panorâmico e um bar no topo chamado Ivory Tower. Nas décadas seguintes as reservas e a fama do Saxony decaíram. Fechou, tal como outros hotéis desta parte da ilha, a chamada Mid-Beach, que não é nem a mais animada South Beach, nem a mais residencial North Beach.

A força de um nome 

Do saudoso Inverno de 1948 até hoje Miami Beach perdeu em glamour mas não em hotéis. Em 2001, a área limitada pela Collins Avenue (a avenida principal da estância balnear), a praia e as ruas 23 e 44 foi classificada como zona histórica, fazendo com que a maioria dos hotéis sobrevivessem aos seus primeiros proprietários. Muitos destes edifícios MiMo têm hoje nomes e marcas previsíveis como Hilton, Hyatt, Marriott, Kimpton ou Ritz-Carlton, tendo sido restaurados de forma mais ou menos inspirada. Com uma grande excepção: o Delano, reaberto em 1994 pelo hotelier nova-iorquino Ian Schrager com interiores de Philippe Starck, continua uma perfeita evocação dos anos 1990 e do design como adjectivo.

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