Fugas - hotéis

  • Faena Miami Beach - vista de uma suíte
    Faena Miami Beach - vista de uma suíte
  • Faena Miami Beach
    Faena Miami Beach
  • Faena Miami Beach - Gone but not Forgotten de Damien Hirst, o esqueleto de um mamute coberto em ouro de 24 quilates dentro de uma monumental vitrine, pertencente a Len Blavatnik e avaliada em 18 milhões de dólares.
    Faena Miami Beach - Gone but not Forgotten de Damien Hirst, o esqueleto de um mamute coberto em ouro de 24 quilates dentro de uma monumental vitrine, pertencente a Len Blavatnik e avaliada em 18 milhões de dólares.
  • Faena Miami Beach - restaurante Pao, com o unicórnio Mith de Damien Hirst;
    Faena Miami Beach - restaurante Pao, com o unicórnio Mith de Damien Hirst;
  • Faena Miami Beach - restaurante Pao
    Faena Miami Beach - restaurante Pao
  • Faena Miami Beach
    Faena Miami Beach
  • Faena Miami Beach - La Cava
    Faena Miami Beach - La Cava
  • Faena Miami Beach - Spa, Hamman
    Faena Miami Beach - Spa, Hamman
  • Faena Miami Beach - suíte
    Faena Miami Beach - suíte
  • Faena Miami Beach - suíte
    Faena Miami Beach - suíte
  • Faena Miami Beach - suíte
    Faena Miami Beach - suíte
  • Faena Miami Beach - suíte
    Faena Miami Beach - suíte
  • Faena Miami Beach - suíte
    Faena Miami Beach - suíte
  • Faena Miami Beach - Veranda
    Faena Miami Beach - Veranda
  • Faena Miami Beach
    Faena Miami Beach
  • Faena Miami Beach - um banquete nos jardins
    Faena Miami Beach - um banquete nos jardins
  • Faena Miami Beach - a vista do quarto Skyline
    Faena Miami Beach - a vista do quarto Skyline
  • Faena Miami Beach - a praia à noite
    Faena Miami Beach - a praia à noite
  • Casa Claridges
    Casa Claridges
  • Casa Claridges
    Casa Claridges
  • Casa Claridges
    Casa Claridges
  • Casa Claridges
    Casa Claridges

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Miami: Faena 'para siempre', que demasiado nunca é suficiente

Em 2015, o Saxony ganhou uma nova vida e um novo nome: Faena. Deve-o a Alan Faena, empresário nascido em Buenos Aires em 1963 numa família de industriais do ramo têxtil, que no início do século XXI transformou a zona pós-industrial de Puerto Madero no bairro mais badalado de Buenos Aires. É aí que abre o primeiro hotel Faena, convidando Philippe Starck para projectar os seus interiores. Convida também a sua actual mulher, a curadora de arte Ximena Caminos, para criar o Faena Art Center, peça fundamental desta ambiciosa operação imobiliária.

Foi com essa ambição que o casal chegou há três anos a Miami Beach, trazidos por Len Blavatnik, seu parceiro em Puerto Madero. Este investidor nascido em Odessa em 1957 fez a sua fortuna com petróleo russo e possui hoje um vasto portefólio de empresas, cargos e títulos, incluindo o de residente mais rico do Reino Unido. Tanto Blavatnik como Faena acreditam que Miami será a capital cultural da América Latina e a história recente dá-lhes razão. Em particular desde que, em 2002, se organizou aqui a primeira edição da feira de arte Art Basel Miami Beach, o que acrescentou massa crítica e capital aos ateliers, galerias e museus que fazem de Miami um destino privilegiado para artistas e investidores – sobretudo latino-americanos.

A terra de ninguém

O Faena Hotel Miami Beach ocupa o quarteirão principal dos seis adquiridos por Faena e Blavatnik em Mid-Beach, chamados hoje de Faena District. O primeiro resultado deste investimento de mil milhões de dólares a ficar pronto foi a Casa Claridge’s, um pequeno hotel que resultou do restauro dos El Paraiso Apartments, um edifício em estilo colonial espanhol de 1928. É desde Dezembro de 2014 a mais discreta e acessível marca de Faena em Miami. 

A mais espectacular é a Faena House, o primeiro de três edifícios residenciais do bairro a abrir. Todos os apartamentos desta torre de 18 andares desenhada pela firma Foster + Partners – que assinou também o projecto da torre residencial Faena Aleph em Puerto Madero – já foram vendidos. A penthouse foi comprada em Setembro por Kenneth Griffin, que pagou por ela 60 milhões de dólares, 10 milhões acima do pedido e um preço-recorde para Miami. O conhecido gestor de fundos, recentemente famoso por ter feito a compra de arte mais cara da história (500 milhões de dólares por uma tela de Jackson Pollock e outra de Willem de Kooning), colocou o apartamento de novo à venda em Janeiro por… 73 milhões. 

Do outro lado da Collins Avenue ergue-se o Faena Forum, a fundação/centro cultural dirigido por Ximena Caminos que abrirá em Setembro com uma programação ligada tanto à população local como a artistas e instituições culturais de todo o mundo. Ao lado erguem-se o centro comercial Faena Bazaar e um parque de estacionamento em altura, que, tal como o Forum, foram projectados por Shohei Shigematsu, sócio de Rem Koolhaas na firma OMA. 

1% para a arte

O “1% artístico” é o nome da medida criada pelo estado francês em 1951 para dotar edifícios públicos de obras de arte pagas com 1% do seu orçamento de construção. Desde então é aplicada por todo o mundo e não só em obras estatais. No bairro Faena, todavía, o lugar da arte é mais do que uma migalha do orçamento, um subterfúgio legal ou um adereço de um programa decorativo: os apartamentos e os quartos de hotel podem ser para poucos, mas aqui a arte é para todos. É esta a grande mais-valia que Faena trouxe este Inverno para Miami: uma luxuriante, mais do que luxuosa, celebração da criatividade panamericana.

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