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No maior dos museus virtuais já cabem dois palácios portugueses

Por Cláudia Carvalho

Os palácios nacionais de Sintra e de Queluz são os primeiros da corte portuguesa a integrar o Google Art Project. Já estão disponíveis 64 das suas obras nesta plataforma digital. Palácio da Pena e Museu do Chiado deverão ser os próximos.

A colecção do Google Art Project está maior e, desde 8 de Outubro, mais portuguesa. Deste enorme catálogo de arte digital que, desde o seu lançamento em 2011, tem vindo a quebrar barreiras geográficas, fazem agora parte os palácios nacionais de Sintra e de Queluz. Estes são assim os primeiros palácios portugueses a entrar nesta plataforma, disponibilizando gratuitamente e em alta resolução imagens de 64 obras das suas colecções, algumas delas classificadas como Bens de Interesse Nacional (a mais alta classificação no património móvel).

Depois do Museu Colecção Berardo, em Lisboa, que tem disponíveis 23 obras, e da Fundação Dionísio Pinheiro e Alice Cardoso Pinheiro, em Águeda, representada com 50 peças, estas são as próximas instituições nacionais a integrar o projecto da Google, que conta já com mais de 250 museus e galerias de todo o mundo. Ainda este ano deve entrar o Museu Nacional de Arte Contemporânea - Museu do Chiado (MNAC), cujo processo já foi formalizado. A inclusão do Palácio da Pena, também em Sintra, está já a ser preparada.

"Achámos que esta era uma plataforma importante para divulgar estes dois palácios numa dimensão absolutamente mundial", diz ao PÚBLICO a directora dos palácios de Sintra e de Queluz, Inês Ferro, para quem o Google Art Project é "uma montra privilegiada, sobretudo pela qualidade das imagens e das outras instituições e colecções representadas".

Com esta entrada, o Palácio de Sintra, com 28 obras, e o de Queluz, com 36, juntam-se a instituições internacionais tão importantes como o Museu Rainha Sofia, em Madrid, a Tate Britain e a National Gallery de Londres, o Metropolitan de Nova Iorque, o Rijksmuseum de Amesterdão, e o Palácio de Versalhes, em França.

"Toda a ideia de participar no projecto está em sintonia com os objectivos de internacionalização dos monumentos da Parques Sintra e, neste caso específico, com a promoção das colecções de arte de dois palácios reais", explica o historiador Fernando Montesinos, que com Inês Ferro escolheu as obras agora disponíveis e que variam entre o mobiliário, a azulejaria, os têxteis, a escultura e a pintura. Destas destacam-se, por exemplo, a tapeçaria com as Armas Reais Portuguesas, o Globo Celeste de Christoph Schissler e o Pagode Chinês no Palácio de Sintra, e as esculturas de John Cheere ou o Pianoforte de Clementi, no Palácio de Queluz.

O que foi escolhido para representar estas colecções, e assim chamar mais visitantes aos dois monumentos, garante Fernando Montesinos, são "as peças de referência". "O critério de fundo foi que todo o acervo de artes decorativas dos palácios, do século XV ao XIX, devia estar representado, quer na sua diversidade quer na sua multiculturalidade. Não há uma leitura cronológica ou por autores. Isto é o que temos de melhor", assegura, acrescentando porém que nada substitui o contacto directo com as obras de arte aqui mostradas. "O Google Art Project não é o objectivo em si mas o meio", acrescenta.

Para a directora dos dois palácios, o que é importante também é que, através das obras escolhidas, qualquer pessoa ficará a saber "um bocadinho da nossa história". "Não nos podemos esquecer de que, apesar de muito diferentes, estes dois palácios foram habitados pela família real e, por isso, ao falar de um determinado objecto, estamos a dar acesso à história", diz Inês Ferro, explicando que houve um cuidado muito grande na elaboração das legendas de cada obra. "Dada a vocação deste projecto, e o seu público vasto, não quisemos entrar em demasiado pormenor. Procurámos dar a informação de forma rápida e ao mesmo tempo científica para que qualquer pessoa possa entender o objecto e ao que ele alude no contexto das colecções."

Inês Ferro destaca ainda que, uma vez que o Google Art Project permite o acesso pormenorizado das obras com imagens de alta resolução, os estudiosos e investigadores também ficam a ganhar com esta entrada. "É uma ferramenta notável à qual espero que se juntem outros projectos portugueses, estou convencida de que este será o caminho", conclui a directora.

Também Montesinos espera que mais monumentos possam seguir o exemplo destes dois palácios. "Não tenho dúvidas de que é importante promovermos desta forma o nosso património e quantos mais estivermos presentes, mais força ganhamos", acrescenta o historiador.

Além dos palácios portugueses, a plataforma celebra também a entrada de oito novos museus, incluindo pela primeira vez instituições do Luxemburgo e do Equador. Da arte antiga à contemporânea, da pintura à cerâmica, da Índia e China ao Irão e Portugal, o leque é cada mais amplo e conta já com 48 mil obras de nove mil artistas.

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