Fugas - restaurantes e bares

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O Bairro Alto já está mais doce com os chocolates Arcádia

Por Vânia Marinho

O nome não engana e a marca já é bem reconhecida por portugueses e estrangeiros. Fomos conhecer a nova Casa do Chocolate Arcádia, que abre esta sexta-feira no Bairro Alto/Chiado.

Ao subir a Rua da Misericórdia, no Largo Trindade Coelho, paredes meias com o Bairro Alto, num prédio pombalino coberto a azulejos em tons verde-água, encontramos a nova Casa do Chocolate Arcádia. De portas acabadinhas de abrir e, como a Fugas pôde comprovar, pronta a receber os primeiros clientes na nova morada daquela que é uma marca tradicional portuguesa, já com 80 anos.

Carpete cor de cacau, revestimentos e móveis em madeiras nobres, paredes a dourado e azul real, candeeiros bordô. É uma loja “com alguma qualidade, intimista, mas sem pretensões”, define Armindo Dias, um dos administradores da empresa. As lojas Arcádia seguem a mesma linha e estilo mas não há uma loja igual à outra. Além do mais, defendem Armindo e Margaria Bastos – que com o irmão João Bastos, partilha a propriedade do negócio criado pelo avô em 1933 – “são lojas que não envergonham em lugar nenhum do mundo”. “Esta loja poderia igualmente estar em Paris”, concluem.

As agora 19 lojas da marca (a 20.ª será inaugurada no dia 6 de Dezembro em Belém) seguem uma linha moderna mas utilizam materiais nobres, tudo português, como confirmam, “tentando sempre recuperar o tradicional”, como é o caso dos azulejos. As típicas peças pintadas à mão, originárias da Viúva Lamego, podem ser vistas na fábrica da marca no Porto desde 1933. Já, no Bairro Alto, os motivos, a azul e branco, que mostram barcos, andorinhas ou veados, não são em cerâmica mas sim uma réplica em papel de parede com acabamento em linho.

E como não é só de decoração que se fazem Casas do Chocolate, não faltam as famosas línguas-de-gato (10€ a caixa de 220gr.), o tradicional sortido, com a mesma receita de há 80 anos, (11,50€ a caixa de 250gr.), bombons avulso (46€/kg) que enchem os tabuleiros das vitrinas, os mais modernos macarons (1€/uni.) e os próprios da época bonecos de neve, pinheiros de natal (6,50€), ursinhos, carrinhos (5€) e bolas de Natal com pérolas de chocolate dentro (a partir dos 6,50€), entre especialidades de vinho do Porto, whisky, aguardente e sabores de fruta ou café. Grande parte destes chocolates existe em chocolate negro, chocolate de leite ou sem açúcar.

Mas nem sempre foi assim. A marca, que nasceu na Confeitaria Arcádia, tinha fábrica (Arca Doce) na Rua do Almada. O espaço da confeitaria já não está na família, mas a fábrica ainda hoje produz e é daí que saem mais de 60 toneladas de chocolate por ano, produzidas pelas mãos de 40 artesãs, e que são depois distribuídas pelas oito localidades portuguesas onde a marca se encontra: Braga, Cascais, Coimbra, Estoril, Guimarães, Lisboa, Porto e Viseu.

E o segredo para este crescimento em tempos de crise? Dizem os entendidos que está na qualidade dos produtos, na maneira de fazer o chocolate (artesanal), na sabedoria do passado – que “deve ser aproveitada e preservada” – e na inovação e dinamismo exigidos pelo mercado. É neste contexto de inovação e dinamismo que procuram criar parcerias com marcas com “notoriedade, tradição e qualidade”, como é o caso do Vinho do Porto Calém, Whisky The Balvenie ou da Aguardente Adega Velha.

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