Sim, já se pode dizer que Benfica voltou a ter um eléctrico. Mas este é um “amarelinho” diferente, é o Quiosque Eléctrico. Esta é a sua paragem permanente e, em vez de tratar do transporte, trata de saciar a sede e fome de quem por ali passa. É um café em forma, cores e “encantos” de eléctrico e com esplanada coberta. Amarelo, com piscas e lanterna e com muita “gente” à janela.
O espaço faz parte dos Quiosques de Lisboa e já estava fechado “há muitos anos”, tendo sido antes uma cafeteria e venda de jornais, segundo confirmou à Fugas a empresa Sociedade Passeio de Encantos, que explora este local ao Colombo e outro no Jardim da Luz (mas, neste último caso, com o formato tradicional de quiosque).
Com a opção pelo conceito do eléctrico para o novo espaço, aberto em finais de Novembro de 2013, quiseram, dizem-nos, “acrescentar o meio de transporte que faltava” à “ilha”.
À ilha e a Benfica, que há muito não vê passar tal transporte. E, apesar de, no passado, a zona ter tido eléctricos - como o 1, o 5, o 13 ou o 27 - a linha homenageada pelo quiosque é outra, a mais célebre e turística e cujo funcionamento não está posto em causa: a do 28, que cruza Lisboa dos Prazeres à Graça e Martim-Moniz.
Pelos carris da “comida caseira produzida no próprio eléctrico”, como asseguram, passam todos os dias bolos caseiros (torta ou bolo de noz, por exemplo), a sopa do dia (1,10€), salgados. Não faltam os menus a 4€ (bifana, sopa do dia e bebida a copo) e a 5€ (hambúrguer ou cachorro, sopa do dia e bebida a copo), sumo de laranja natural (1,50€), ou os pastéis de nata (0,80€ e na compra de cinco leva um de oferta).
O ícone eléctrico
Cada vez mais a imagem dos eléctricos alfacinhas é utilizada para conceito ou decoração de espaços. Casos de:
28 Café, no Castelo
(o espaço interior decalca um eléctrico)
Eléctrico Bananacafe
(esplanada em Belém com epicentro num atrelado)
Hostel Golden Tram 242
(na Baixa, também sob mote deste meio de transporte)
Hostel Graça 28
(na Graça, ambientado no seu 28)