A massa é igual nos dois bolos, mas o rainha não tem as frutas cristalizadas. “Tem noz, amêndoa e pinhão, mas um pinhão de qualidade”, sublinha. O preço do quilo do bolo é de 20,50 euros. Mas atenção: com a aproximação do Natal, o melhor mesmo é reservar, se não quiser enfrentar as filas que se formam à porta da Garrett do Estoril. A.P.C.
Avenida de Nice, 54 | 1765-259 Estoril | Tel.: 214680365
Confeitaria Nortenha, Algés
Paula Rocha, proprietária, juntamente com o marido, Rui, da Confeitaria Nortenha, em Algés, explica por que é que desde 1950 que o bolo-rei desta casa mantém a sua fama: “Hoje existem muitos bolos-reis que usam massas pré-feitas. Nós seguimos a receita tradicional e temos uma grande preocupação com os elementos base — a farinha, que deve ser a mais simples possível, sem aditivos (e é comprada com antecedência, para descansar), e o fermento de padeiro, que vai conferir uma subtileza, e um leve travo ácido. Depois, há as frutas, que ficam a macerar nos licores e no vinho do Porto para que depois possam libertar esses aromas para a massa. E os frutos secos, de qualidade.”
Há uma coisa que é importante esclarecer, sublinha: “O bolo-rei é um bolo lêvedo, não tem que ser leve e fofinho como muitas pessoas julgam. Isso é outra coisa, é um pão-de-leite com frutas, não é um bolo-rei. A massa deste tem que ter consistência, peso.” Fundamental também é usar ovos frescos, e não líquidos, e a margarina especial para bolo-rei. O resto, é a arte do chefe Manuel Leitão, na casa há quase 40 anos. Por cima, o bolo (16 euros o kg) leva as frutas escorridas e açúcar em pó (em vez dos torrões que acabam sempre de lado). E não esquecer o buraco no centro. “Afinal, este bolo é uma coroa”, lembra. A.P.C.
Rua Damião de Góis, 38 | Algés | Tel.: 214 112 727
Pastelaria Ribeiro, Parede
Na época de Natal, a pastelaria Ribeiro, fundada em 1918, é uma festa. Por entre as enormes taças de vidro de Marinha Grande cheias de marmelada (a maior tem dois quilos) aparecem cartazes a anunciar tudo o que pode ser encomendado nesta casa famosa da Parede: peru assado à medieval, à austríaca, leitão da Bairrada ou de Negrais, lombo de porco, cabrito, bola de carne, queijo de Seia, lampreia e doce de ovos, trouxas e fios de ovos, bolo especial de Natal, tronco de Natal, apfel strudel, pão-de-ló Margaride ou bolinhol, broas, sonhos, filhós, azevias e rabanadas.
E, claro, bolo-rei e bolo-rainha (16 euros kg). “Há duas razões para a fama do nosso bolo-rei”, explica o proprietário, Acácio Nunes. “A primeira é que só uso frutos secos de origem nacional e comprados ao produtor: passas, nozes e pinhões, não ponho nem amêndoas, nem avelãs nem cajus. E nas frutas escorridas, não temos nada daquelas com cores fortes, que até mancham a massa. Temos só laranja, tangerina, abóbora branca e, claro, a ginja. E não usamos ovo líquido, só ovos normais.” Quanto à massa, “leva uma calda feita com uma bebida espirituosa”, mas isso “já é segredo do pasteleiro”. A.P.C.
Av. da República, 1317 D | Parede | Tel.: 214 571 100