Fugas - restaurantes e bares

LEON NEAL/AFP

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Roca n’roll número 1

Quando foi anunciado que Daniel Humm tinha ganho o prémio Escolha dos Chefs, houve um burburinho na sala. Talvez, desta vez, o rumor de que o Eleven Madison Park iria mesmo ganhar a competição se confirmasse . Contudo, já depois de ficarmos a saber que há pela primeira vez um restaurante de Banguecoque no top 10 (o Gaggan) e que o DOM de Atala caíra para o 9.º posto, surgia na tela o restaurante de Nova Iorque. No 5º lugar.

Porém, a comunidade espanhola presente na sala ainda não dava a vitória por adquirida. Anuncia-se o 4.º lugar... Central, Lima, Peru. Forte aplauso (entende-se: muitos falam que o restaurante de Virgílio Martinez será, num futuro próximo, o primeiro de fora da Europa a chegar ao topo da lista).

A contagem continua para bingo. Com o 3.º lugar vem um aplauso frio: o Noma cai de primeiro para terceiro lugar. Seria desta que a Osteria Francescana levava o título? Não, “apenas” o segundo posto.  O primeiro lugar regressava a Girona, para histeria dos nossos vizinhos, que tinham mais do que razões para estarem contentes. É que, além do posto cimeiro, Espanha voltou de novo a ser o país vencedor. Numa lista que conta cada vez mais com representantes de todo o mundo, são sete os restaurantes espanhóis presentes no top 50, entre eles dois nos dez primeiros (o Mugaritz ficou em 6.º lugar).

Na apresentação do Turismo da Costa Brava os Roca mostraram um pequeno vídeo gravado num telemóvel. Nele, Patti Smith cantava na cozinha do restaurante, como forma de agradecimento pelo jantar inesquecível que acabara de ter. Agora, em Londres, era a vez dos irmãos entoarem o refrão dessa canção: “Because the night belongs to lovers, because the night belongs to us”. E a noite era deles, de facto. De Roca’n roll.

Como funciona a votação

O número de jurados da lista deste ano do The World 50 Best Restaurants aumentou de 936 para 972 membros, organizados por 27 regiões do mundo (mais uma que em 2014). Cada uma destas regiões (Portugal está agregado a Espanha) tem 36 votantes que, segundo a organização, estão divididos de forma semelhante: 34% serão chefs e restaurateurs; 33% food writers (jornalistas, bloggers, etc.) e 33% gastrónomos viajados. Cada um dos jurados tem de votar em sete restaurantes em que estiveram nos últimos 18 meses, sendo que só poderão escolher quatro da sua região, ou seja, pelo menos três têm de ser de outras regiões. Os resultados são submetidos, individualmente, online e auditados por uma conhecida consultora. 

O top 10

1. El Celler d eCan Roca, Girona, Espanha

2. Osteria Francescana, Modena, Itália

3. Noma, Copenhaga, Dinamarca

4. Central, Lima, Peru

5. Eleven Madison Park, Nova Iorque, EUA

6. Mugaritz, San Sebastian, Espanha

7. Dinner by Heston Blumenthal, Londres, Inglaterra

8. Narizawa, Tóquio, Japão

9. D.O.M., São Paulo, Brasil

10. Gaggan, Banguecoque, Tailândia

Prémios Especiais atribuídos pela organização

(não decorrem da votação)

Melhor chef mulher do mundo”: Hélène Darroze, Hélène Darroze (França) e Hélène Darroze at Connaught (Inglaterra)

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