Todo o jantar – era essa também a provocação – foi acompanhado por champanhe de duas casas, a Philippe Gonet e a Bertrand Devavry. Quer no caso quer no outro, champanhes muito gastronómicos, e muito diferentes entre eles, que o sommelier Miguel Martins combinou com cada um dos pratos.
E a noite dos peixes pobres e dos champanhes ricos terminou com a abertura de uma garrafa muito especial: uma Matusalem (seis litros) Cuvée Carbon da casa Bertrand Devavry. Foi alta cozinha com boga e tainha.
Um hotel num palacete de 1918
O areal da Praia da Rocha e o mar estendem-se à frente do hotel Bela Vista e da varanda do seu restaurante, o Vista. O palacete em que está instalado, sobre uma falésia, é de 1918, chamava-se inicialmente Vila de Nossa Senhora das Dores e pertencia ao industrial das conservas António Júdice de Magalhães de Barros.
Depois de um período em que esteve abandonado foi recuperado em 1934 e abriu como hotel em 36. Hoje tem como proprietária Natália Proença de Carvalho, de uma das famílias ligadas à história da hotelaria em Portugal, nomeadamente à fundação da Torralta.
O Bela Vista, que tem 38 quatros e suites, piscina e um spa ligado à marca francesa L’Occitane, teve obras de remodelação há quatro anos e desde o ano passado faz parte da Relais & Châteaux, rede de hotéis de charme que, entre outras coisas, têm em comum a importância que dão à alta cozinha.
Desde o início de 2015 que o Bela Vista tem à frente da cozinha João Oliveira, de 28 anos, que trabalhou com Ricardo Costa no The Yeatman (uma estrela Michelin), tendo também passado pelo Vila Joya (duas estrelas). O menu de três pratos tem o preço de 67 euros, o de quatro 87 euros, e o menu de degustação completo custa 115 euros.
Bela Vista Hotel & Spa
Av. Tomás Cabreira,
Praia da Rocha, Portimão
Tel.: 282460280
hotelbelavista.net