Depois de um namoro com cerca de 15 anos, o projecto de um consórcio portuense começa já a ganhar forma numa esquina das ruas do Almada e do Dr. Artur de Magalhães Bastos. O Hard Rock Cafe está a chegar ao Porto e o edifício que o vai acolher está a ser preparado para a sua abertura que, segundo Rui David, responsável pela comunicação do consórcio Hard Rock Porto, acontecerá no Verão, entre Junho e Julho.
Ainda não se tinha aberto o espaço em Lisboa e, segundo Rui David, já se pensava no Hard Rock no Porto, mas, segundo a política internacional da empresa, a prioridade é abrir espaços primeiro nas capitais e só depois em outras cidades. Aberto o espaço no antigo cinema Condes, nos Restauradores, desde logo se começou a pensar no espaço para os portuenses. Há três anos atrás, começou a idealizar-se novamente esta chegada ao Porto, que agora acontece.
O local escolhido foi cuidadosamente estudado. Sendo a localização um factor essencial para o sucesso do negócio, também as dimensões necessárias para o espaço são consideradas, bem como a sua identidade. Foi escolhido o Edifício Prestige - um prédio de quatro pisos destinado ao comércio e datado originalmente do séc. XIX. Foi propriedade do Banco de Portugal e sede da família Champalimaud. Foi agora arrendado pelo consórcio por um período de 10 anos de franquia, com mais 10 de opção. O investimento global estimado é de cinco milhões de euros.
O edifício, que foi recentemente restaurado, encontra-se neste momento em fase de adaptação. A sua traça exterior ficará inalterada e no interior serão mantidas, tanto quanto possível, as características originais como os belos tectos de estuque que ali se encontram. No novo desenho, projectado pelo gabinete portuense de arquitectura Floret e pelo arquitecto polaco Jakub Hrynkiewicz (que já trabalhou no desenho de outros Hard Rock), haverá uma predominância de elementos típicos da cidade e do país, nomeadamente azulejo. O edifício dispõe de seis pisos. Das áreas que estarão disponíveis para o público, o rés-do-chão será a loja oficial e o espaço principal para concertos. O primeiro e segundo pisos estarão destinados à restauração.
No Porto, o Hard Rock será, à semelhança de todos os outros, como afirma Rui David, um espaço de american dinner, com um carácter familiar e que pretende atrair todos os públicos, desde as famílias portuguesas, tripeiras, até aos turistas que passam pela Iinvicta. Existe a consciência de que, devido ao grande reconhecimento da marca a nível internacional, os turistas serão visita frequente, mas existe a pretensão de que também os portuenses se afeiçoem ao novo espaço que agora surge junto aos Aliados.
O atendimento com elevados padrões de qualidade, que segundo Rui David, é “imagem da marca Hard Rock”, será também uma prioridade no espaço do Porto. O local gerará entre 60 a 80 postos de trabalho, variando consoante a estação do ano.
Contará também com algumas inovações na ementa, onde poderão vir a constar as típicas francesinhas portuenses, um passo ainda à espera de aprovação pelos responsáveis da cadeia internacional os quais, conta Rui David, “já provaram e gostaram muito, e quanto mais se prova, mais se gosta”. Será também criado um hambúrguer local – que é costume em todos os restaurantes da cadeia.