Mas ainda não acabou. Sobem-se as escadas até ao andar de cima, onde há mais mesas e, no meio de quadros de barcos, um espaço para jantares de grupo ou eventos privados. A receber-nos nas escadas está uma enorme varina pintada na parede (o desenho é de Henriette Arcelin, a pintura de Patrícia Braga). No Bairro, explica Avillez, tudo é “atipicamente lisboeta”. Há sempre um toque que marca a diferença em relação ao “very typical”.
As fachadas de Lisboa, com os seus estendais de roupa, os vasos de plantas, um gato sereno, um postal a sair de uma caixa do correio, os interiores das casas, com as molduras de fotografias a preto e branco dos avós, bisavós e trisavós – todo o trabalho de decoração do espaço é do atelier AnahoryAlmeida, com quem Avillez já trabalhou nos seus outros restaurantes, e as instalações inspiradas nas fachadas dos bairros são de Joana Astolfi – remetem para a Lisboa típica. Mas filtrada por uma modernidade – tanto nos objectos como na comida, sublinha o chef.
Ao fim de nove meses de obras e mais um ano a pensar o projecto, as portas estão finalmente abertas. A partir de agora, quem quiser já pode ir passear pelo Bairro. O que Avillez espera agora é que nos tornemos todos entusiasticamente bairristas.
Bairro do Avillez
Rua Nova da Trindade nº 18
1200-303 Lisboa
Telf: 215830290
Horário: Todos os dias das 12h às 00h
Preço médio: 20 euros na Taberna, 40 euros no Páteo