Fugas - restaurantes e bares

  • Bairro do Avillez
    Bairro do Avillez Rui Gaudêncio
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    Bairro do Avillez Rui Gaudêncio
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  • Bairro do Avillez - Rissol de camarão da Taberna
    Bairro do Avillez - Rissol de camarão da Taberna Paulo Barata
  • Bairro do Avillez -  Robalo grelhado no Páteo
    Bairro do Avillez - Robalo grelhado no Páteo Paulo Barata
  • Bairro do Avillez - Polvo com alho e kimchi na Taberna
    Bairro do Avillez - Polvo com alho e kimchi na Taberna Paulo Barata
  • Bairro do Avillez
    Bairro do Avillez Rui Gaudêncio

Avillez, o Bairro, em 12 passos

Por Alexandra Prado Coelho ,

José Avillez já quase tinha um bairro (o Chiado, com cinco restaurantes) mas agora tem um Bairro só seu, um pouco mais acima, na Rua Nova da Trindade. As portas abriram esta semana. Há peixe, marisco, petiscos, charcutaria e mercearia. Tudo “very atypical”, promete o chef.

O Bairro do Avillez, o novo projecto do chef do Belcanto, em Lisboa, explicado aqui em 12 palavras-chave.

Atípico

Atipicamente Lisboeta, é assim que o Bairro se apresenta. “Há muitos sítios que se vendem como tipicamente portugueses, nós vamos vender-nos sendo atípicos”, diz José Avillez. A ideia é que se reconheça a Lisboa típica, mas que se perceba aqui e ali uma diferença que é, afinal, o toque pessoal do chef. Avillez dá um exemplo: “Quando estávamos a fazer a decoração, surgia a tentação de usar o verde das portas de Lisboa, mas eu dizia que não, porque isto não é um bairro normal de Lisboa e, por isso, entramos na paleta dos verdes mas escolhemos um tom com que eu me identifico mais.” 

Depois, é uma questão de reparar nos pormenores: os azulejos têm desenhos de comida, mas aqui ela destaca-se, em relevo; os porcos do painel de azulejos estão vestidos com jalecas; as pipocas são de couratos e o ceviche é de tremoços. 

Bairro

Muito se especulou em Lisboa sobre o que seria este Bairro cuja existência José Avillez revelou no final de Fevereiro. A notícia só se tornou pública depois de as obras já estarem a avançar e ao fim de mais de um ano a pensar o que se queria do novo projecto. “Quando saíram essas primeiras notícias, houve quem me telefonasse a dizer que gostava de abrir um restaurante no meu bairro”, conta Avillez. Mas ninguém sabia exactamente do que se estava a falar. Sabia-se apenas que teria “vários conceitos” no interior. 

Os lisboetas interrogavam-se sobre o que quereria o homem que já praticamente tinha um bairro no Chiado, com os seus vários restaurantes. Os mercados estão na moda mas Avillez explica que quis afastar-se desse modelo porque não gosta de “andar de tabuleiro na mão à procura de mesa”. Decidiu, portanto, que no seu bairro haveria mesas e serviço à mesa. A partir daí, o conceito foi evoluindo para o que é: um espaço muito grande dividido em Mercearia, Taberna, Páteo e zona para grupos ou eventos especiais. 

Comida

O destaque vai todo para os produtos portugueses, sempre que possível representando todo o país, incluindo as ilhas. As ementas foram criadas de raiz para o Bairro (o único prato conhecido, que já é de assinatura, é o bacalhau à brás e as azeitonas explosivas, ligeiramente modificadas aqui). 

Mas sublinha Avillez: “Não tenho intenção nenhuma de, numa refeição, fazer uma tese sobre a gastronomia portuguesa. Tudo o que seja forçar, não resulta. Mas às vezes podemos contar uma história. Por exemplo, o prego aqui vem servido com um prego espetado no pão e nós explicamos que o prego tem esse nome porque quando a carne era muito dura era batida com um martelo. Claro que hoje servimos carne do lombo, que não é nada dura, mas tem graça explicar o nome.”

De resto, os pratos não servem para provar nada, têm é que ser bons. “Temos, por exemplo, o ceviche de tremoço. Se fosse péssimo, não funcionava, os estrangeiros não iam perceber o que era aquilo, mas nós achamos que faz sentido como prato em si.”

Decoração

O Bairro ocupa um espaço grande que já fez parte do antigo Convento da Trindade mas que era, até passar para as mãos de Avillez, uma casa particular. Do convento mantém a estrutura com os arcos e o pátio interior. Quanto à decoração — da responsabilidade do atelier AnahoryAlmdeida —, a lista de colaborações é longa. Logo à entrada, no tecto por cima da Mercearia, há uma instalação em cerâmica, com assinatura de Cátia Pessoa e Maud Téphany, que parece resultar de uma explosão de uma cozinha que deixou comida a pairar no ar. 

Nome
Bairro do Avillez
Local
Lisboa, Sacramento, Rua Nova da Trindade, 18
Telefone
215 830 290
Horarios
Domingo, Segunda-feira, Terça-feira, Quarta-feira, Quinta-feira, Sexta-feira e Sábado das 12:00 às 00:00
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