Reinvenção talvez seja a palavra certa para definir o novo espaço na zona de restauração do CascaiShopping. O conceito é simples e passa por transportar uma espécie de mercado gastronómico para dentro de um centro comercial. Para todo o tipo de paladares. O espaço, inaugurado em Junho, organiza-se por bancas, cada uma dedicada à sua especialidade: do peixe à carne, passando pelas cozinhas italiana ou japonesa até à doçaria.
Foi com o Cascais Kitchen repleto de gente, a saborear a sua refeição ou a passar só para beber um café, que Diogo Sousa Coutinho, empresário responsável pelo espaço, nos explicou como é que, em dois meses de existência, o conceito tem agradado aos clientes. “O melhor de tudo agora é ver a cara das pessoas. É estar sentado aqui e ver a surpresa e o espanto de quem entra e não sabe ainda bem o que é isto”, conta Diogo Sousa Coutinho.
Quem entra poderá, de facto, ficar surpreendido com a diferença notória do espaço que antes ali se encontrava para o que se verifica agora. O ambiente é arejado, as paredes são revestidas a madeira, outras de betão pintado de verde pinho e até mesmo algumas de azulejo. Os candeeiros caem suspensos do tecto com lâmpadas de diferentes tamanhos e intensidades luminosas. Depois as bancas, essas, são construídas à imagem do tipo de gastronomia a que correspondem.
Na hora da refeição, o difícil é escolher entre a panóplia de opções que estão ali disponíveis: começámos com peças de sushi quente e demos um salto até uma sucessão de pratos italianos vindos directamente do quiosque Envolto – o risotto de cogumelos ou a típica carbonara, sem esquecer a especialidade com o mesmo nome da banca, que oferece uma tagliatelle suavemente envolvida em pimentos, camarão e mexilhão, tudo regado com molho de tomate.
Para os que gostam pouco de arriscar novos sabores, a Carniceria é o ponto de encontro mais português. Um bitoque ou o leitão, no prato ou no pão, são as escolhas óbvias desta banca suportada em volumosos barris das velhas adegas. Há, também, uma petiscaria, a Alhos e Bugalhos, que, além da tradicional tábua de queijos e enchidos, contempla na carta salada de polvo, empadas ou um brás de alheira.
Se por outro lado a preferência assenta no peixe, a Peixaria Malha dá resposta com pratos de marisco, de peixe grelhado ou, num registo mais arrojado, o prego de atum.
Ainda no peixe, o quiosque Tasca Japonesa traz para os tabuleiros volantes uma variedade de sushi aos apreciadores desta iguaria oriental. E, mesmo ao lado, está a Saladaria com propostas de menus saudáveis.
As food trucks – aclamadas como comida sobre rodas – ganham nova forma dentro deste espaço interior, ainda com a chave na ignição e com os selos franceses que contam histórias de quem as conduzia, e estão agora paradas ao serviço de quem por ali passa. As duas Citroën albergam o Docicário e o Cheirinho, espaços dedicados aos doces e ao tradicional bar-café, respectivamente.
A decoração do espaço passa por reavivar o ambiente dos mercados tradicionais de rua da Alemanha, Áustria e Holanda, sem esquecer os pormenores bem portugueses. Cada detalhe conta naquele espaço. Desde as bicicletas e motas vintage – que já aguçaram a curiosidade de muitos coleccionadores destes veículos – aos tachos e panelas suspensos no tecto.